Açoriano Oriental
CDS-PP/Açores garante estar "fiel" ao acordo de governação

O CDS-PP/Açores disse associar-se aos "desejos de estabilidade política" manifestados pelo representante da República, assegurando estar "fiel" ao acordo de governação na região, criticando quem se move "pelo oportunismo" e tenta "destabilizar" o Governo.


Autor: Lusa/AO Online

"O CDS-PP associa-se aos desejos de estabilidade política e de respeito pelo superior interesse dos Açores manifestados pelo representante da República para os Açores, embaixador Pedro Catarino, saudando a sua postura democrática", lê-se num comunicado de imprensa do partido, com as conclusões da reunião da Comissão Política Regional do CDS-PP nos Açores, que decorreu sexta-feira, na ilha Terceira.

A 08 de março, o deputado único da IL no parlamento açoriano, Nuno Barata, rompeu o acordo de incidência parlamentar de suporte ao Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPm) e depois o independente Carlos Furtado, ex-Chega, também rompeu o entendimento que tinha com o PSD.

Posteriormente, os dois deputados admitiram negociar “ponto a ponto” com o Governo dos Açores para manter a estabilidade governativa na região.

Recentemente, o representante da República (RR) para os Açores alertou o deputado da Iniciativa Liberal (IL) e o independente Carlos Furtado para a necessidade da “estabilidade política”, após ambos terem rompido aqueles acordos com o executivo açoriano, que deixou assim de ter o apoio da maioria absoluta dos deputados no parlamento regional.

No comunicado divulgado com as conclusões da Comissão Política Regional, o CDS refere que o líder do partido, Artur Lima, "continua firme no cumprimento dos compromissos que assumiu" com José Manuel Bolieiro, líder do PSD, e chefe do executivo açoriano, e com Paulo Estêvão, líder do PPM, em novembro de 2020.

A Comissão Política Regional do CDS-PP sublinha "a coesão e a união" que tem existido entre os líderes, esperando que "esta solução de Governo se mantenha forte e capaz de ultrapassar o ruído permanente".

"Fiel ao acordo assinado em novembro 2020, e que estabelece que o mesmo é válido para duas legislaturas como condição estruturante do projeto político em curso, o CDS-PP relembra que este compromisso multipartidário foi, inclusivamente, sufragado pelos órgãos de cada partido e exaltado como mudança de paradigma e forma de promover um futuro mais auspicioso para os açorianos", lê-se no comunicado assinado pelo vice-presidente do partido António Félix Rodrigues.

O CDS-PP elogia "a liderança indiscutível" de José Manuel Bolieiro no Governo açoriano, sublinhando que os três partidos da coligação "negociaram um modelo de governação para os Açores" e "os necessários equilíbrios orgânicos".

Ficou ainda definido "unanimemente" o "peso institucional que cada partido teria", tendo por base um "relacionamento de confiança entre as respetivas lideranças partidárias", acrescenta.

O CDS-PP critica a postura de "outros partidos e outros protagonistas", que diz serem "movidos pelo oportunismo e pela falta de compromisso com o interesse regional" e que "tentam destabilizar e condicionar a ação governativa" do executivo, que tem desenvolvido "políticas públicas inovadoras" e com "elevado pendor social".

"O CDS-PP, no espaço do centro-direita, tem-se afirmado como um partido de estabilidade, ciente das suas responsabilidades no Governo dos Açores e no parlamento regional", assegura.

O partido lamenta que "o interesse regional e a estabilidade governativa sejam desprezadas em nome de dúbios interesses partidários e de egos pessoais, acima dos interesses dos açorianos".

A Comissão Política Regional do CDS-PP critica ainda a postura, no último plenário do parlamento açoriano, do coordenador da IL/Açores e deputado, Nuno Barata, acusando-o de ter revelado uma "atitude oportunista".

E, "movendo-se por aversões pessoais e pela ânsia de mais poder, ameaçou a estabilidade política", sobretudo "numa conjuntura social e económica tão desafiante", refere-se ainda no comunicado.

"O coordenador da IL/Açores, com a sua decisão, tornou-se um líder de duvidosa confiança, evidenciando imaturidade e instabilidade reiterada", aponta ainda o CDS, acrescentando que a Nuno Barata, "político da velha guarda no ativo, juntaram-se rapidamente alguns contemporâneos Velhos do Restelo do PPD, que apelaram pelo fim da coligação e por eleições antecipadas, demonstrando um desejo saudosista pelo absolutismo de outras eras".

O CDS-PP sublinha que o cumprimento do projeto político em curso "é decisivo para democratizar a sociedade", para "enfrentar a crise económica e social, para a boa aplicação e execução do quadro de fundos comunitários e para a concretização de políticas públicas geradoras de desenvolvimento social e crescimento económico".

A Comissão Política Regional do CDS-PP expressa também "a maior confiança" no Governo de coligação e no seu líder, José Manuel Bolieiro.


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