“Há muita dificuldade em aceder à habitação. A residência de estudantes tem uma lotação muito limitada. Há anos que se espera por mais residências universitárias. É uma dificuldade dos estudantes de cá, mas também dos estudantes de fora”, afirmou o deputado centrista, em declarações aos jornalistas.
Pedro Pinto falava à margem de uma reunião com a associação de estudantes do campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores, na ilha Terceira, onde os deputados centristas iniciaram hoje jornadas parlamentares.
Segundo o deputado do CDS-PP, os estudantes reconheceram a importância de medidas, propostas pelos centristas no passado e implementadas pelo atual executivo (PSD/CDS-PP/PPM), como “o prémio de mérito", "o programa de apoio ao pagamento de propinas" ou "o programa de apoio a bolsas de estudo”, mas lembraram que não se aplicam aos alunos que chegam de fora da região.
“Os estudantes do continente percebem que, nesta matéria dos apoios que o Governo Regional dá, eles não acedem por não serem residentes e consideram isso uma mais-valia dos seus colegas residentes nos Açores”, frisou.
Entre as principais dificuldades apontadas pelos estudantes da Universidade dos Açores, em Angra do Heroísmo, estiveram os custos com alojamento e deslocações.
“Compreendemos que há essa dificuldade de acederem, sobretudo, a uma habitação a custos suportáveis, porque para além disso também têm o custo acrescido das viagens, que nós açorianos, quando vamos para fora estudar, temos a tarifa de estudante e os residentes no continente não beneficiam dessa medida”, adiantou o parlamentar centrista.
Sem avançar com medidas em concreto, Pedro Pinto admitiu que das reuniões tidas nas jornadas parlamentares na ilha Terceira possam surgir “novas propostas” a apresentar na Assembleia Legislativa dos Açores.
“Não temos nada gizado, mas são ideias que recolhemos e propostas e desafios que nos foram lançados, a seu tempo iremos anunciar”, afirmou.
Até quarta-feira, os três deputados do CDS-PP nos Açores vão reunir-se com várias entidades para abordar questões relacionadas com o desenvolvimento económico e social da região.
A escolha da associação de estudantes da Universidade dos Açores para arrancar os trabalhos foi justificada pela importância dada à formação.
“Faz todo o sentido começar pela base e a base é o ensino. Se nós queremos ter habitantes, se queremos ter uma sociedade estruturada, temos de ter cidadãos com formação”, salientou Pedro Pinto.
