Açoriano Oriental
Descontinuidade territorial tem de ser minimizada
Carlos César defende reajustamento das forças de segurança
O presidente do Governo açoriano defendeu esta segunda-feira um reajustamento das forças de segurança no arquipélago como forma de adequar as respostas às necessidades das nove ilhas e minimizar os efeitos da descontinuidade territorial.

Autor: Lusa / AO online
"Os problemas de segurança que temos na vila das Velas (São Jorge) não são iguais aos problemas da Praia da Vitória (Terceira), onde temos uma marina e uma base militar", afirmou aos jornalistas Carlos César, após uma audiência com o inspector-geral da Administração Interna em Ponta Delgada.

Para o chefe do Executivo Regional há uma grande diferença na tipologia de risco entre as ilhas e mesmo dentro dos concelhos, o que obriga a "proceder a reajustamentos, que não são resolvidos apenas com a quantidade dos meios (matérias e humanos)".

"As vezes com os mesmos polícias e mesmos meios é possível com uma gestão mais flexível dar respostas mais adequadas aos problemas", afirmou Carlos César, acrescentando, porém, que devido à falta de efectivos da PSP em algumas localidades têm existido dificuldades no cumprimento de programas como é o caso da "Escola Segura".

Além dos problemas relativos à toxicodependência, alcoolismo e aumento da pequena criminalidade, Carlos César referiu que os Açores são "uma porta de entrada para a Europa", por via aérea e marítima, uma realidade que deixa as ilhas numa situação de fragilidade no que diz respeito ao controlo e fiscalização.

Sublinhando que esta visita representa um sinal de atenção dos responsáveis para a situação das ilhas, Carlos César frisou que a presença da PSP na região e outras forças de segurança ou serviços públicos "não podem ser avaliados segundo um rácio que tenha apenas em consideração o número de população", devido à descontinuidade territorial e problemáticas das diferentes ilhas.

O inspector-geral da Administração Interna, que visita pela primeira vez os Açores, reconheceu a necessidade de proceder a reajustamentos no arquipélago, mas que "não passam apenas por mais meios".

"Esta é uma visita de prospecção para sentir as dificuldades e transmitir as perspectiva sobre a reestruturação das forças de segurança em curso estipuladas em Março pelo Conselho de Ministros", afirmou António Lima, que vai reunir-se também com o Representante da República, Comandante Operacional, Comandos da PSP em Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta e Brigada Fiscal da GNR.

Segundo disse, é muito importante ver a realidade além do papel, alegando que volta ao Continente no sábado sensibilizado para as particularidades das ilhas e mais lúcido sobre a realidade açoriana.
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