Açoriano Oriental
Bruxelas confirma retoma económica na Europa para 2014
A Comissão Europeia confirmou hoje, na suas previsões de outono, a tendência de um regresso ao crescimento da economia europeia em 2014, revendo em alta as projeções para vários países.

Autor: Lusa/AO online

 

As previsões de Bruxelas apontam contudo para que a taxa de desemprego na Europa atinja este ano níveis recorde, uma taxa de 12,2% na zona euro e 11,1% no conjunto da União Europeia (UE), um cenário que não melhora em 2014 já que se mantém o mesmo valor de 12,2% para os países do euro e se regista apenas um ligeiro recuo na média dos 28, para 11%.

Apenas em 2015 haverá uma descida do desemprego, ainda que ligeira, para valores na ordem dos 11,8% de desemprego no espaço monetário único e de 10,7% na UE.

Números que levam a Comissão a considerar ser "demasiado cedo para declarar vitória" sobre a crise.

As previsões de outono da "Comissão Barroso" apontam para um crescimento de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) da zona euro em 2014 e de 1,7% em 2015, e de 1,4% na UE no próximo ano, seguido de um avanço de 1,9% no ano seguinte. Previsões que, basicamente, estão em linha com as da primavera divulgadas há seis meses, em maio, quando antecipava para 2014 um crescimento de 1,2% na zona euro e de 1,4% no conjunto da União.

Alemanha, Reino Unido, Espanha e França são alguns dos Estados-membros cujas previsões económicas foram revistas em alta, enquanto para a Irlanda e Itália a Comissão Europeia agravou a previsão de contração da economia.

Já a Grécia, segundo as previsões de outono hoje divulgadas, deverá ter um crescimento do PIB de 0,6% em 2014 e de 2,7% em 2015, depois dos recuos recorde de 7,1% em 2011, de 6,4% em 2012 e de 4% este ano.

A Irlanda viu as suas previsões agravadas, com um crescimento menor no próximo ano, de 1,7%, e algumas pressões adicionais que podem representar riscos para a recuperação do país.

Em maio, a Comissão antecipava um crescimento de 2,2% no próximo ano, tendo, agora, referido a existência de riscos adicionais que podem condicionar o comportamento económico.

As previsões para a economia italiana em 2013 também foram revistas em baixa, estimando-se uma contração do PIB de 1,8%, contra os 1,3% avançado nas previsões da primavera, sendo que para 2014 e 2015 Bruxelas mantém a expectativa de comportamento positivo, estimando um crescimento de 0,7% e 1,2% do PIB, respetivamente.

Quanto a Espanha, a Comissão Europeia considera que a economia está a registar "perspetivas de uma recuperação moderada" num cenário em que os ajustes nos desequilíbrios vão continuar e traça um cenário mais pessimista que Madrid nas perspetivas sobre crescimento económico, défice e desemprego.

Para 2014, Bruxelas prevê um crescimento do PIB de meio ponto percentual que alcançará 1,7% em 2015, impulsionado em parte pelo menor recuo do consumo interno e pelo forte crescimento das exportações (mais 5,2% em 2014 e mais 5,7% no ano seguinte).

O desemprego deverá ficar praticamente inalterado em 2014, em torno aos 26,4% (apenas menos uma décima que este ano) e em 2015 ainda afetará 25,3% dos espanhóis (mesmo num cenário de crescimento económico de 1,7%).

As previsões de crescimento para a economia do Reino Unido em 2013 são revistas em alta, apontando para um crescimento do PIB de 1,3%, contra os 0,6% avançados nas previsões de primavera, tal como as previsões para o próximo ano em relação às divulgadas em maio, de 1,7% do PIB para 2,2% do PIB.

No que diz respeito a França, Paris deverá falhar a redução do défice público para níveis abaixo dos 3% até 2015 e o défice deverá ficar nos 4,1% este ano e nos de 3,8% em 2014.

Em relação ao desemprego, a Comissão prevê uma taxa de 11% em 2013, de 11,2% em 2014 e de 11,3 em 2015.

Já a Alemanha deverá aumentar o seu PIB em 0,5% em 2013 e 1,7% em 2014, em vez dos 1,8% devido a uma moderação do aumento das exportações face a uma desaceleração das economias não pertencentes à União Europeia.

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