Açoriano Oriental
Bolieiro quer resposta coordenada internacional face a alterações climáticas

O presidente do Governo Regional dos Açores, defendeu uma resposta coordenada e abrangente de todos os países atlânticos perante as alterações climáticas, que representam "uma ameaça multidimensional" que abrange riscos de vária ordem

Bolieiro quer resposta coordenada internacional face a alterações climáticas

Autor: Lusa/AO Online

"As alterações climáticas representam hoje uma ameaça multidimensional que abrange riscos políticos, jurídicos, económicos e de segurança. A sua natureza transnacional sublinha o seu estatuto como uma ameaça efetiva que exige uma resposta coordenada e abrangente de todos os países atlânticos", afirmou José Manuel Bolieiro.

O chefe do executivo açoriano falava, na ilha de São Miguel, na sessão de abertura do “V Maritime Security Course – Climate Change & Security Challenges in the Atlantic”, que está a decorrer em Ponta Delgada e se prolonga até sexta-feira.

“A segurança do mar é também uma questão de soberania e de justiça entre gerações. Proteger os oceanos é garantir futuro”, considerou o governante açoriano.

Promovida pelo Atlantic Centre, a iniciativa reúne representantes de diversos países e instituições com responsabilidade direta na segurança marítima e na resposta concertada às consequências das alterações climáticas no Atlântico.

“Este curso que hoje se inicia representa uma oportunidade única para fortalecer capacidades e promover soluções que reforcem o respeito pelo direito internacional no contexto marítimo”, sublinhou o chefe do executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM).

Destacando o papel "determinante" do arquipélago na dimensão marítima e atlântica do país, o governante sublinhou que “o Atlântico é a casa dos Açores” e que a identidade das ilhas sempre foi profundamente moldada pela ligação ao mar.

"A nossa localização geoestratégica no meio do Atlântico Norte não é apenas uma característica geográfica, mas também uma responsabilidade que assumimos com seriedade perante os desafios globais que enfrentamos", sustentou.

José Manuel Bolieiro referiu-se ao impacto crescente das alterações climáticas no arquipélago, com fenómenos extremos mais frequentes e reafirmou o compromisso do Governo dos Açores na conservação do mar.

Por outro lado, destacou o trabalho em curso no âmbito do programa Blue Azores e da expansão da Rede de Áreas Marinhas Protegidas, “com base em informação científica sólida e em estreita colaboração com todos os utilizadores do mar".

"Simultaneamente, temos reforçado as nossas capacidades de vigilância marítima através de parcerias estratégicas com a Marinha e a Autoridade Marítima Nacional, utilizando sistemas avançados de monitorização para garantir a proteção das nossas águas", acrescentou.

Para José Manuel Bolieiro, a posição geográfica "confere-nos uma responsabilidade acrescida" na salvaguarda e valorização dos recursos marinhos.

José Manuel Bolieiro alertou ainda para as potenciais consequências da degradação ambiental marítima, alegando que “a insegurança no mar e a destruição dos ecossistemas oceânicos teriam efeitos devastadores nas comunidades costeiras, incluindo nos Açores".

O curso promovido pelo Atlantic Centre — em articulação com várias entidades internacionais — tem como propósito a capacitação e o desenvolvimento de uma abordagem comum aos temas da segurança atlântica, em particular no atual contexto de instabilidade global, refere uma nota divulgada pelo Governo Regional.

O “V Maritime Security Course” reúne especialistas, representantes governamentais e decisores políticos dos países da bacia atlântica, com o objetivo de "reforçar a segurança marítima e preparar respostas partilhadas às alterações climáticas", lê-se ainda na nota.


PUB
Regional Ver Mais
Cultura & Social Ver Mais
Açormédia, S.A. | Todos os direitos reservados

Este site utiliza cookies: ao navegar no site está a consentir a sua utilização.
Consulte os termos e condições de utilização e a política de privacidade do site do Açoriano Oriental.