Autor: Lusa / AO Online
Pedro Sampaio Nunes, presidente da First Force - Sociedade de Desenvolvimento de Biocombustíveis, disse que o etanol e o biodiesel são um verdadeiro "ouro verde" capaz de fazer frente às fontes tradicionais de energia, como o petróleo.
"Portugal, Brasil e os países africanos de língua portuguesa formam uma equação onde todos podem ganhar, com a união de esforços podem liderar esse processo mundial", salientou.
Pedro Sampaio Nunes falava à margem do quarto Encontro Empresarial Brasil-Portugal, que decorre hoje no Rio de Janeiro, com a participação de dezenas de empresários a discutir o tema energia.
O empresário classificou de "disparate" o argumento de que a produção de biocombustíveis levará à diminuição da produção de alimentos, e o consequente aumento da fome no mundo.
"Os interesses actualmente instalados, que estão a ser contrariados, lançam mais essa cortina de fumo contra os biocombustíveis", disse.
"A verdade é que o biocombustível é única resposta imediata e eficaz à crise do petróleo e à necessidade de reduzirmos as emissões de CO2, responsáveis pelo aquecimento global", afirmou.
Actualmente, o etanol brasileiro custa cerca de metade da gasolina consumida na Europa, mas as barreiras comerciais impedem que o Brasil exporte o produto, disse Sampaio Nunes.
"As barreiras comerciais são um absurdo, defendidas pelos produtores de petróleo e pelos agricultores franceses, que teriam seus interesses contrariados com a importação de etanol", sublinhou.
O especialista salientou que o preço do petróleo subiu cerca de 800 por cento, nos últimos nove anos, e as reservas do mineral já dão sinais de esgotamento, uma vez que para cada barril de petróleo descoberto, quatro são consumidos.
O presidente da empresa Technoplan, Roberto Hukai, indicou que o consumo mundial ronda os 85 milhões de barris por dia de petróleo, muito próximo do limite de produção, que é de cerca de 100 milhões.
"Os limites de produção dizem respeito ao acesso restrito a novas áreas, custo crescente de exploração e a complexidade geológica de novos campos", disse.
O consumo de petróleo deverá registar um aumento, com o crescimento da economia mundial e a consequente entrada de 2,5 mil milhões de pessoas no mercado consumidor, com o aumento do poder de compra na China e Índia.
As projecções indicam que o número de automóveis aumentará dos actuais 830 milhões para 5,2 mil milhões de unidades, até 2040, 400 milhões delas apenas na China.
O Encontro Empresarial Brasil-Portugal decorre de dois em dois anos, sendo que o último teve lugar em Salvador, capital do Estado da Baía, em 2005, precedido por São Paulo (2003) e Belo Horizonte (2001).
Os encontros são promovidos pelo Conselho das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil e têm lugar cada dois anos, envolvendo empresários e entidades oficiais de ambos os países.
O Conselho das Câmaras representa entidades em nove estados, nomeadamente em São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Baia, Pernambuco, Ceará e Pará.
"Portugal, Brasil e os países africanos de língua portuguesa formam uma equação onde todos podem ganhar, com a união de esforços podem liderar esse processo mundial", salientou.
Pedro Sampaio Nunes falava à margem do quarto Encontro Empresarial Brasil-Portugal, que decorre hoje no Rio de Janeiro, com a participação de dezenas de empresários a discutir o tema energia.
O empresário classificou de "disparate" o argumento de que a produção de biocombustíveis levará à diminuição da produção de alimentos, e o consequente aumento da fome no mundo.
"Os interesses actualmente instalados, que estão a ser contrariados, lançam mais essa cortina de fumo contra os biocombustíveis", disse.
"A verdade é que o biocombustível é única resposta imediata e eficaz à crise do petróleo e à necessidade de reduzirmos as emissões de CO2, responsáveis pelo aquecimento global", afirmou.
Actualmente, o etanol brasileiro custa cerca de metade da gasolina consumida na Europa, mas as barreiras comerciais impedem que o Brasil exporte o produto, disse Sampaio Nunes.
"As barreiras comerciais são um absurdo, defendidas pelos produtores de petróleo e pelos agricultores franceses, que teriam seus interesses contrariados com a importação de etanol", sublinhou.
O especialista salientou que o preço do petróleo subiu cerca de 800 por cento, nos últimos nove anos, e as reservas do mineral já dão sinais de esgotamento, uma vez que para cada barril de petróleo descoberto, quatro são consumidos.
O presidente da empresa Technoplan, Roberto Hukai, indicou que o consumo mundial ronda os 85 milhões de barris por dia de petróleo, muito próximo do limite de produção, que é de cerca de 100 milhões.
"Os limites de produção dizem respeito ao acesso restrito a novas áreas, custo crescente de exploração e a complexidade geológica de novos campos", disse.
O consumo de petróleo deverá registar um aumento, com o crescimento da economia mundial e a consequente entrada de 2,5 mil milhões de pessoas no mercado consumidor, com o aumento do poder de compra na China e Índia.
As projecções indicam que o número de automóveis aumentará dos actuais 830 milhões para 5,2 mil milhões de unidades, até 2040, 400 milhões delas apenas na China.
O Encontro Empresarial Brasil-Portugal decorre de dois em dois anos, sendo que o último teve lugar em Salvador, capital do Estado da Baía, em 2005, precedido por São Paulo (2003) e Belo Horizonte (2001).
Os encontros são promovidos pelo Conselho das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil e têm lugar cada dois anos, envolvendo empresários e entidades oficiais de ambos os países.
O Conselho das Câmaras representa entidades em nove estados, nomeadamente em São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Baia, Pernambuco, Ceará e Pará.