Açoriano Oriental
Aumento de creches tem de ser precavido com garantia de qualidade das respostas

A presidente do Comissariado dos Açores para a Infância defende que o aumento do número de creches na Região Autónoma dos Açores deve ser feito de forma gradual, dando prioridade à qualidade das respostas providenciadas, quer ao nível dos recursos humanos, quer ao nível das infraestruturas

Aumento de creches tem de ser precavido com garantia de qualidade das respostas

Autor: Rafael Dutra

Ana Margarida Silva falava em audição na Comissão Especializada Permanente de Assuntos Sociais da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), a propósito do Projeto de Decreto Legislativo Regional n.º 15/XIII, apresentado pelo Bloco de Esquerda, que “Cria a Rede Pública de Creches da Região Autónoma dos Açores”.

Na ocasião, a presidente do Comissariado dos Açores para a Infâncias salientou que o mais importante é o interesse superior das crianças.

“A nossa opinião, de facto, é que estejam asseguradas, independente de ser em contexto de creche ou não, as condições necessárias às crianças e as respostas às suas necessidades”, justificou, adiantando que a preocupação do Comissariado é que todas as crianças açorianas, “que tenham medidas de promoção e proteção, sejam contempladas com uma resposta social adequada  às  suas necessidades”, para haver “uma resposta de imediato para a situação em causa”.

Ana Margarida Silva admite estar muito mais “assustada”com o aumento potencial de creches, uma vez que este “tem de ser feito de forma gradual”, de modo que a sua qualidade seja acompanhada pela “formação das pessoas que trabalhem nas creches e pelas estruturas físicas”.

“Parece-me que o Governo Regional está a fazê-lo de forma gradual”, sustentou, salientando ainda a importância da rede de amas como alternativa às creches.

Nesse sentido, sublinha que as alternativas às creches estão empoderadas de qualidade e repostas que as creches também têm, nomeadamente no que diz respeito ao “desenvolvimento holístico da criança” e ao seu “desenvolvimento cognitivo”.

Não obstante a relevância de haver recursos qualificados, admitiu que o Comissariado tem conhecimento de “que há uma dificuldade muito grande no recrutamento de educadores de infância na Região”, por isso sustenta que tem de haver uma aposta na formação e qualificação de profissionais nos Açores.

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