Autor: Lusa/AO online
O cientista londrino, de 87 anos, explicou que a sua luta para salvar os gorilas, em perigo de extinção pela ameaça dos caçadores furtivos, começou quando viajou pela primeira vez para o Ruanda, em 1978, para filmar a série “Life on Earth” (Vida na Terra) da cadeia britânica BBC.
Naquele país, Attenborough conheceu a zoóloga norte-americana Dian Fossey (assassinada no Ruanda em 1985), que o convenceu da necessidade de fazer algo para evitar que os caçadores furtivos continuassem a matar gorilas.
“Antes de virmos embora, Dian estava doente na cama e quando fui agradecer-lhe ela disse ´por favor, por favor, ajuda-me, que só restam 200 gorilas em liberdade’. Assim, prometi-lhe que faria algo”, relatou Attenborough.
O famoso naturalista, que ocupou o lugar de diretor de programação da BBC entre 1960 e 1970 e foi galardoado com o Prémio Príncipe das Astúrias de Ciências Sociais em 2009, utiliza agora a rede para cumprir a promessa que fez à sua amiga Fossey “numa remota selva de África há mais de 30 anos”.
Os gorilas são uma das principais atrações turísticas do Ruanda e um dos pilares principais da economia ruandesa, segundo o Ministério do Turismo do país, e calcula-se que atualmente restem cerca de 800 exemplares.
Attenborough utilizou o portal Indiegogo (www.indiegogo.com) para lançar a campanha de financiamento popular, que consiste em criar uma rede para conseguir dinheiro de cidadãos anónimos para financiar esforços ou iniciativas particulares ou de organizações.