Açoriano Oriental
Associação de doentes de dor crónica dos Açores quer maior participação da sociedade
A Associação de Doentes de Dor Crónica dos Açores apelou hoje a maior participação da sociedade, para que possa dar assistência a mais utentes e famílias, tendo em conta que o problema afeta entre 20 a 25% dos açorianos

Autor: LUSA/AO online

"Necessitávamos de angariar mais sócios para a sobrevivência da associação. Somos uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) e necessitamos de angariar mais sócios para dar assistência a mais pessoas”, afirmou a presidente da instituição, Ana Maria Louro, à agência Lusa.

A Associação de Doentes de Dor Crónica dos Açores, que comemora 11 anos a 29 de outubro, apoia 15 utentes entre os 50 e 80 anos e conta com cerca de 70 sócios, que pagam uma quota de dois euros por mês.

Ana Maria Louro disse que a associação apoia pessoas com dor crónica, prestando um serviço de enfermagem, psicólogo, nutricionista e atividades lúdicas, que contribuem para melhorar a qualidade de vida dos doentes.

“Os utentes têm convívios de grupo duas vezes por semana, às segundas e quintas, das 14:00 às 17:30, com uma animadora sócio cultural. E este convívio faz-nos esquecer a dor. No fundo, as pessoas estão ocupadas com a mente”, sublinhou, frisando que "o número de utentes tem crescido e quase duplicou desde 2015".

Segundo a responsável, são "os próprios médicos que enviam doentes para a associação", indicando que "a partir da próxima semana um fisioterapeuta começará a colaborar, de forma voluntária, no sentido de dar treinos de postura para evitar dores crónicas aos utentes com patologias como artroses, lombalgias, fibromialgias e problemas articulares".

A médica Teresa Flor de Lima, consultora da associação, disse à agência Lusa que, entre 20 a 25% dos açorianos, têm dor e dor moderada a intensa.

“A dor crónica, quer dizer que é uma dor que dura mais de três meses e moderada a intensa que é uma dor que tem algum impacto na vida dos doentes e precisa de tratamento”, disse Teresa Flor de Lima, explicando que há várias causas que originam a dor crónica, como os traumatismos, cancro, dores ósseas, dores de cabeça e cefaleias.

A médica disse esperar, ainda, que o próximo Governo Regional, "dê atenção" à problemática e salientou que a Associação de Doentes de Dor Crónica dos Açores pode ter "um papel muito importante".

"Deve haver uma articularão em rede de todas as estruturas dos Açores, de modo a que algumas delas se diferenciem nos tratamentos", disse, apontando para "a falta de profissionais e pessoas com formação especifica na área da dor".

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