Açoriano Oriental
Anticiclone dos Açores volta à posição habitual trazendo temperaturas mais altas

Alteração na posição do anticiclone dos Açores transportou uma massa de ar frio do Norte que foi responsável pelas baixas temperaturas sentidas nas últimas semanas na Região

Anticiclone dos Açores volta à posição habitual trazendo temperaturas mais altas

Autor: Ana Carvalho Melo

Depois de algumas semanas em que o calor de verão parece não querer vir à Região, a temperatura vai subir durante esta semana com o anticiclone dos Açores a voltar à posição habitual para esta altura do ano.

“Agora o anticiclone já mudou ligeiramente de posição, o que se reflete numa subida da temperatura, que esta semana poderá chegar aos 26 ºC de máxima em Ponta Delgada, o que dada a elevada humidade relativa do ar vai trazer uma sensação de calor maior”, revelou ao Açoriano Oriental, Carlos Ramalho, delegado do IPMA nos Açores, acrescentando que também o vento deverá começar a soprar com menor intensidade.

Segundo o responsável do IPMA, nas últimas semanas verificou-se uma alteração de posição do anticiclone dos Açores, região de alta pressão atmosférica que usualmente condiciona o estado do tempo no Arquipélago nesta altura do ano.

“Nas últimas semanas a posição do anticiclone - mais a Norte e com o seu eixo entre os Açores e a Escandinávia - fez com que viesse uma massa de ar de latitudes mais elevadas e como tal mais fria. No transporte desta massa de ar formava-se muita nebulosidade e, por vezes, ocorria alguma precipitação fraca e de origem hidrográfica”, explicou.

Segundo Carlos Ramalho este fenómeno já aconteceu noutros períodos de tempo, realçando, no entanto, que não costuma acontecer por períodos de tempo tão alargados.

Mesmo salienta não ter dados estatísticos suficientes que permitam afirmar tratar-se, ou não, de uma situação incomum, ainda que o estado do tempo que temos vindo a sentir não seja o expectável para esta altura do ano.

E se, enquanto nos Açores, passamos por várias semanas com temperaturas abaixo do normal para esta altura do ano, no continente viveu-se na semana passada os efeitos de uma onda de calor.

Como explicou Carlos Ramalho, trata-se de duas situações que não estão diretamente relacionadas, uma vez que a onda de calor que se sentiu no continente se deveu com uma massa de ar quente do Norte de África que se dirigiu para a Península Ibérica.

“ Foi uma corrente de ar muito quente e seca do norte de África que atingiu a Península Ibérica”, referiu.

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