Açoriano Oriental
Universidade
Alunos da Utad fecham portas a cadeado contra falta de condições das instalações
Os alunos dos cursos de Economia e Gestão da Universidade de Vila Real fecharam hoje a cadeado a porta do edifício onde têm aulas em protesto contra a falta de condições a nível do aquecimento, iluminação ou estacionamento.

Autor: Lusa/Ao online
São cerca de 600 os alunos de Gestão e Economia que têm aulas no edifício do ex-DRM, localizado no centro da cidade de Vila Real.

    As queixas dos estudantes contra as condições físicas do edifício já se arrastam há alguns anos, tendo inclusive promovido outras formas de protesto.

    Esta manhã os alunos destes cursos, cujo departamento representa cerca de 20 por cento dos estudantes da academia transmontana, fecharam a cadeado as portas do edifício não deixando ninguém entrar.

    Bruno Gonçalves, presidente da Associação Académica da UTAD, referiu que os estudantes reivindicam "um mínimo de condições indispensáveis a um bom desempenho escolar".

    "Há falta de aquecimento e de iluminação nas salas de aula, de condições nas salas de banho e a biblioteca não funciona devidamente", frisou.

    Acresce que, segundo André Pinto, o estacionamento que existe junto ao ex-DRM é pago.

    "São 60 cêntimos por hora. Quase temos que vender o carro para pagar o estacionamento", ironizou.

    Bruno Gonçalves referiu que já foi entregue um caderno de encargos à reitoria com as reivindicações dos alunos mas disse que "quase nada foi feito".

    "Gostaríamos, neste momento, de não estar aqui a reivindicar, mas não nos foi deixada outra alternativa, tal é a inoperância dos agentes decisivos na resolução desta situação que se arrasta há vários anos, assim como a crescente insatisfação dos alunos face às condições em que são obrigados a ter aulas", afirmou.

    O reitor da UTAD, Armando Mascarenhas Ferreira, disse à Lusa que a manifestação dos alunos mais não é mais do que o evidenciar do que a academia tem vindo a reivindicar há muito tempo.

    O responsável diz que o edifício é já muito antigo, tendo sido cedido pelos militares à universidade no início do seu funcionamento, não reunindo actualmente as condições mínimas de funcionamento.

    Apesar dos sucessivos melhoramentos a nível do quadro eléctrico, telhado ou janelas, Mascarenhas Ferreira diz que seria necessário efectuar uma intervenção profunda ou, então, construir um novo edifício.

    Referiu que já chegou a estar inscrita em PIDDAC a verba para a construção do então denominado edifício das Ciências Organizacionais e Empresariais, que albergaria também os alunos dos cursos de Desporto e Ciências da Educação, um projecto que nunca foi para a frente.
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