Autor: Susete Rodrigues/JN
De acordo com a edição online do Jornal de Notícias, a aeronave foi adquirida à SATA por uma empresa que lhe retirou os dois reatores - e abandonou a carcaça na placa do TCB. Em abril de 2019, o A310 chegou a ser mudado para as placas da BA11, mas, voltou ao TCB, onde ainda se encontra.
No final de março, a dívida acumulada à ANA pelo "estacionamento" da aeronave rondava os 320 mil euros. Para trás ficou a intenção de um grupo empresarial do Alentejo, com interesses no turismo, em adquirir a aeronave para a transformar em alojamentos personalizados em turismo rural, mas o custo do parqueamento em dívida e o preço de aquisição, a que se juntou a covid-19, tornaram a operação proibitiva.
O desmantelamento, a cargo da Unidade de Beja da AmbiGroup Resíduos, teve início no passado dia 9 e tem um prazo de execução de 90 dias. De acordo com fonte da empresa estabelecida no Parque Ambiental da Amalga, foram já retirados os bancos e as forras laterais e procede-se, agora, à descontaminação dos óleos hidráulicos e do jet fuel dos depósitos, adianta o JN.
Só depois destas operações se avançará para a parte mais complicada, o corte do aparelho, de que resultará o aproveitamento de equipamentos para outras aeronaves, o tratamento de alguns componentes em Beja e a reciclagem de outros materiais.
O JN recorda que a história do CS-TRY Terceira começou a escrever-se a 11 de março de 2018, quando aterrou nas pistas da Base Área e estacionou na placa do TCB, de onde nunca mais levantou voo.
Recorde-se que a companhia aérea Hi Fly utiliza o TCB, desde 2016, para estacionamento e manutenção de linha dos seus aviões, entre os quais os da Airbus A380, companhia adquirida pela Hi Fly à Singapura Airlines.
A empresa portuguesa concluiu com sucesso, em maio, os testes finais de esforço do pavimento de um hangar ali construído. O projeto representou um investimento de 30 milhões de euros e deverá criar 150 postos de trabalho ao longo dos três primeiros anos de atividade.