Açoriano Oriental
Agência Moody’s sobe o ‘rating’ dos Açores

O vice-presidente do Governo dos Açores, Sérgio Ávila, manifestou satisfação com a nova notação da agência financeira Moody’s, salientando que a subida do ‘rating’ da Região confirma a “solidez e o equilíbrio” das finanças públicas regionais.


Agência Moody’s sobe o ‘rating’ dos Açores

Autor: Susete Rodrigues//Lusa

A nova classificação, segundo nota do Gacs, permite que os Açores tenham o nível máximo de classificação de uma Região Autónoma face ao país, de acordo com as regras da Moody’s, representando “a evolução positiva ao longo dos últimos anos de melhoria do ‘rating’ da Região”.


“Efetivamente, mais esta melhoria do ‘rating’ da Região evidencia e confirma aquilo que temos vindo sempre a afirmar sobre a solidez das finanças públicas regionais, o equilíbrio das finanças públicas da Região, que é agora reconhecido pela agência de notação internacional”, afirmou Sérgio Ávila.


Neste contexto, representa um reforço da confiança e da certificação internacional da situação das finanças públicas dos Açores e é também "um contributo para facilitar ainda mais o acesso ao financiamento, quer por parte da Região, quer por parte de todas as entidades públicas e privadas regionais", frisou Sérgio Ávila.


Considerando que a subida do 'rating' do país, na semana passada, originou um reconhecimento e uma satisfação generalizada a nível nacional, o titular da pasta das Finanças espera que “as entidades da Região façam o mesmo em relação ao ‘rating’ agora anunciado para os Açores”.


Refere o executivo que a situação das finanças públicas regionais dos Açores “tem vindo a ser confirmada, consecutivamente, por todas as entidades nacionais e internacionais com competência na matéria”, salientou Sérgio Ávila, que espera uma nova subida do 'rating' dos Açores no próximo ano.


A agência de notação financeira Moody’s melhorou os ‘ratings’ atribuídos aos Açores, de ‘Ba2’ para ‘Ba1’, e à Madeira, de ‘B1’ para ‘Ba3’, e reviu em baixa a perspetiva para ambas as regiões autónomas de positiva para estável.


Numa nota de análise divulgada na terça-feira à noite, a Moody’s justifica a subida de ‘rating' com a redução do “risco sistémico” associada ao “fortalecimento do perfil da dívida soberana de Portugal” (já traduzido numa melhoria do ‘rating’ do país de ‘Baa3’ para Ba1, na última sexta-feira) e à consolidação orçamental e do crescimento económico do país, que “contribuiu para fortalecer o perfil de crédito das duas regiões autónomas”.


Adicionalmente, a agência de notação aponta a “elevada probabilidade da atribuição de apoios por parte do Governo central às duas regiões autónomas”.


Quanto à deterioração, de positiva para estável, da perspetiva para os Açores e para a Madeira, a Moody’s diz que traduz a expectativa de que os dois governos regionais “vão beneficiar de receitas fiscais mais elevadas e de transferências adicionais por parte do Governo central à medida que o desempenho da economia portuguesa for melhorando”, assim como a perspetiva de que o saldo da dívida de ambas as regiões “continuará a manter-se muito alto”.


Por outro lado, a perspetiva estável fica em linha com o ‘rating’ de Portugal, revisto em alta pela agência na passada sexta-feira para 'Baa3', com perspetiva estável.


Para a Moody’s, a melhoria do ‘rating’ de Portugal “reflete-se também a nível regional, dada a forte correlação entre os riscos de crédito” das regiões autónomas dos Açores e da Madeira e o Governo central, “refletido em ligações macroeconómicas, fatores institucionais e condições dos mercados financeiros”.


No caso dos Açores, a agência de notação refere que a melhoria do ‘rating’ de ‘Ba2’ para ‘Ba1’ “reflete as expectativas de que o elevado nível de dívida líquida direta e indireta vai diminuir em 2018 para cerca de 205% das receitas operacionais, face aos 215% de 2017”, na sequência do expectável aumento dos rendimentos operacionais.


Adicionalmente, a Moody’s diz acreditar que o saldo bruto operacional dos Açores vai subir em 2018 e nos anos seguintes, ajudando a região a reduzir o seu défice de financiamento de -7% do rendimento operacional de 2017.


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