Autor: Luís Pedro Silva
Segundo as informações
transmitidas pela RTP/Açores, Pedro Pidwell, não conseguiu demonstrar em
audiência de julgamento a existência de dolo na insolvência.
O
negócio da Azores Parque foi classificado como “sui generis”, mas Pedro
Pidwell não soube explicar as provas para considerar dolosa a
insolvência.
“É evidente que houve um encontro de vontades entre a
parte pública e a Alixir Capital para resolver o problema. O ativo
fiscal é muitíssimo inferior ao passivo”, indicou o administrador de
insolvência, acrescentando que os ativos estavam sobrevalorizados e a
empresa apresentava resultados negativos desde 2015.
Em declarações
no Tribunal de Ponta Delgada, Pedro Pidwell, acabou por revelar uma
informação sobre o pagamento de dois cheques, no valor de 75 mil euros
cada, destinados a Luís Quintanilha e Sandra Carvalho.
Pedro Pidwell
indicou que Luís Quintanilha, antigo diretor regional dos Transportes,
trabalhou diretamente com Vítor Fraga no Governo Regional dos Açores,
até 2015.
Vítor Fraga, atual vereador do Partido Socialista na
Câmara de Ponta Delgada, referiu ao Açoriano Oriental, ser “totalmente
alheio a qualquer negócio feito com a Azores Parque. Se alguém fizer
alguma insinuação vai responder nos locais próprios”.
O administrador de insolvência indicou ainda que Sandra Carvalho era a presidente da Assembleia Geral da Azores Parque, indicando que ambos os cheques foram assinados por Carlos Silva e Khaled Saleh.
O antigo administrador da
Azores Parque, Khaled Saleh, que também é administrador da SAD do Santa
Clara, indicou ao tribunal que o negócio lhe foi apresentado por Rui
Cordeiro, presidente do Santa Clara, com o objetivo de ganhar dinheiro e
construir uma academia do clube nos terrenos da Azores Parque.
Khaled
Saleh revelou desconhecer os negócios da Azores Parque, acrescentando
que assinava documentos, cheques ou procurações a pedido de Rui
Cordeiro.