Açoriano Oriental
Covid-19
“A maior preocupação é que haja algum caso suspeito na ilha”

Apreensão e ansiedade é visível em alguns rostos na população das Lajes das Flores que tem cumprido todas as recomendações.

“A maior preocupação é que haja algum caso suspeito na ilha”

Autor: Susete Rodrigues/AO Online

Menos afluência a bares e restaurantes, poucas pessoas na rua. Tem sido este o cenário por estes dias um pouco por todos os concelhos dos Açores e as Lajes das Flores não é exceção.

Apreensão e ansiedade também é visível em alguns rostos que por necessidade têm que ir à farmácia ou ao supermercado. Luís Maciel, presidente da Câmara Municipal das Lajes das Flores diz que a população tem cumprido com “as recomendações e com o passar dos dias as pessoas acabam por tomar consciência da seriedade do problema desse vírus”.

“As pessoas estão um pouco apreensivas e vemos que há menos pessoas a frequentar os bares e restaurantes, mas isso também acontece porque recomendamos para que as pessoas fiquem em casa e que só saem em caso de necessidade, como ir ao supermercado ou à farmácia. Obviamente que nos supermercados vê-se mais pessoas mas tudo tem funcionado tranquilamente e de forma ordeira”.

Nos últimos dias regressam às Lajes das Flores alguns “estudantes e algumas pessoas mas também não tem existido muitas restrições, já que foi decretada a quarenta para quem chega o que é muito bom”, disse o autarca, frisando, por outro lado que “esse tem sido um dos fatores que tem gerado alguma intranquilidade e fala-se entre a população na necessidade de se fechar o aeroporto. Esta é uma situação que estamos a acompanhar e temos questionado o Governo dos Açores sobre essa necessidade e a importância de se encerrar o aeroporto por forma a salvaguarda a ilha”.

Luís Maciel espera que “as pessoas que chegaram tenham a maturidade para cumprir a quarentena e respeitar, para no caso de existir algum problema na ilha, pelo menos que não haja a transmissão”. Desta forma, a maior preocupação do autarca é que “haja algum caso suspeito aqui na ilha e que possa estar a existir alguma transmissão. Ao que sabemos não existe. Sabemos que há várias pessoas que regressaram e estão em quarentena. O primeiro valor que temos que salvaguardar é a saúde e a vida das pessoas”, ressalva.

Recordando a destruição do porto das Lajes das Flores aquando da passagem do furacão Lorenzo em outubro passado, Luís Maciel refere que atualmente “o abastecimento à ilha tem decorrido com toda a normalidade”, mas “foram meses muito complicados. Com a chegada do navio ‘Malena’, no início deste ano, tudo tem corrido bem. Em termos de produtos, nomeadamente o álcool e as máscaras de proteção é que não são fáceis de adquirir mas isso é um problema generalizado um pouco por toda a Região e pelo país. Em termos de produtos de primeira necessidade, como os alimentares, não tem existido ruturas”.


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