Autor: Lusa/AO Online
O estudo, divulgado hoje nas XVII Jornadas Internacionais do Instituto Português de Reumatologia (IPR), inquiriu médicos de trabalho de 515 empresas, que abrangem 410 496 trabalhadores (cerca de 11 por cento da população activa em Portugal).
De acordo com o estudo, 5,9 por cento dos trabalhadores (24 269 casos) têm lesões clinicamente relevantes.
“Existe evidência de que o trabalho penoso pode causar lesões músculo-esqueléticas relacionadas com o trabalho e consequentemente resultar em absentismo laboral e incapacidade para o trabalho, bem como um decréscimo da produtividade”, referem os autores do estudo.
A lesão mais prevalente é a lombalgia (2,27 por cento), seguida de outras raquialgias (dores na coluna vertebral), que são as queixas reumáticas mais frequentes e um dos principais motivos de incapacidade antes dos 45 anos. No total, as raquialgias são responsáveis por 74,9 por cento das LMERT relevantes.
É nos ramos da construção civil, indústria metalo-mecânica e "outra indústria" que prevalecem as lombalgias (2,85 por cento, 2,92 por cento e 3,66 por cento, respectivamente).
Na indústria automóvel, de montagem de componentes eléctricos e electrónicos e "outra indústria" são mais prevalentes as lesões nos membros superiores, designadamente, a tendinite do ombro e do punho (2,43 por cento, 2,16 por cento e 1,5 por cento, respectivamente por sector), refere o estudo.
A prevalência das lesões aumenta também com a idade, refere o estudo.