A apatia cívica que hoje asfixia o tecido social português não é, de todo, uma manifestação de preguiça, mas sim a resposta racional ao esgotamento político. O que outrora se traduzia em indignação moral converteu-se em desencanto crónico, moldado pela permanência da conveniência e pela efemeridade voraz do escândalo como motor da vida pública. O sentimento de que a virtude é um recurso escasso...
Aqui ninguém vai para o céu...
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