Autor: Lusa/AO online
“O governo decretou o estado de emergência por 12 dias, durante um conselho de ministros extraordinário”, disse um responsável chadiano.
As três regiões envolvidas cobrem o conjunto do norte e do extremo leste do Chade. Tratam-se do BET (Borku, Ennedi e Tibesti) no norte, do Uaddai, onde se localiza Abéché, principal cidade do leste do país, e do Wadi Fira, onde se localiza o departamento de Dar Tama, palco nos últimos dias de violência entre as comunidades tama e zaghawa.
“Esta medida vai permitir limitar os movimentos das populações e sobretudo vai autorizar as forças de segurança a revistar e desarmar toda a população destas regiões”, acrescentou a mesma fonte.
A violência intercomunitária fez pelo menos 20 mortos na passada semana em Dar Tama, perto da cidade de Guéréda.
O ministro da Defesa, o ex-chefe rebelde da Frente Unida para a Mudança (FUC) Mahamat Nour Abdelkerim, acusou segunda-feira “o séquito” do chefe de Estado, Idriss Deby Itno, de estar na origem dos confrontos.
A FUC é composta maioritariamente por tama, enquanto numerosas personalidades que apoiam o presidente são membros da comunidade zaghawa, de que é originária o próprio chefe de Estado.
Ex-rebeldes da FUC “descontentes” abandonaram entretanto, na passada semana, a cidade de Guéréda, onde aguardavam ser integrados no exército, no âmbito do acordo de paz assinado em Dezembro de 2006, dirigindo-se para a fronteira com o Sudão.
O ministro Mahamat Nour garantiu segunda-feira que não tinha “qualquer problema” com o presidente Deby e que iam “resolver” rapidamente esta “situação”.
Entretanto, o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres, saudou hoje, em Bruxelas, a decisão “muito positiva” da União Europeia de enviar uma força militar para o leste do Chade e o nordeste da República Centro-Africana.
“A força europeia dará uma contribuição muito positiva a esta região” agitada, limítrofe da província sudanesa de Darfur, sublinhou Guterres, antes de se reunir com os representantes dos 27 encarregados de dirigir a planificação da operação Eufor Chade-RCA, que obteve o aval da ONU.
Pelo menos 2.500 soldados europeus, entre os quais 1.500 franceses, 350 irlandeses, 350 polacos, perto de 200 suecos e uma centena de belgas, estarão envolvidos na operação de apoio dos 300 polícias enviados pela ONU e protegerão os campos de refugiados e deslocados.
“Não é uma operação clássica de manutenção da paz, mas sim uma operação visando garantir a segurança de um espaço humanitário”, referiu Guterres.
Segundo a ONU, cerca de 236.000 refugiados de Darfur estão no Chade e 173.000 chadianos foram deslocados pelos conflitos.
Além disso, perto de 45.000 centro-africanos procuraram refúgio no sul do Chade, adiantou o Alto Comissário.
As três regiões envolvidas cobrem o conjunto do norte e do extremo leste do Chade. Tratam-se do BET (Borku, Ennedi e Tibesti) no norte, do Uaddai, onde se localiza Abéché, principal cidade do leste do país, e do Wadi Fira, onde se localiza o departamento de Dar Tama, palco nos últimos dias de violência entre as comunidades tama e zaghawa.
“Esta medida vai permitir limitar os movimentos das populações e sobretudo vai autorizar as forças de segurança a revistar e desarmar toda a população destas regiões”, acrescentou a mesma fonte.
A violência intercomunitária fez pelo menos 20 mortos na passada semana em Dar Tama, perto da cidade de Guéréda.
O ministro da Defesa, o ex-chefe rebelde da Frente Unida para a Mudança (FUC) Mahamat Nour Abdelkerim, acusou segunda-feira “o séquito” do chefe de Estado, Idriss Deby Itno, de estar na origem dos confrontos.
A FUC é composta maioritariamente por tama, enquanto numerosas personalidades que apoiam o presidente são membros da comunidade zaghawa, de que é originária o próprio chefe de Estado.
Ex-rebeldes da FUC “descontentes” abandonaram entretanto, na passada semana, a cidade de Guéréda, onde aguardavam ser integrados no exército, no âmbito do acordo de paz assinado em Dezembro de 2006, dirigindo-se para a fronteira com o Sudão.
O ministro Mahamat Nour garantiu segunda-feira que não tinha “qualquer problema” com o presidente Deby e que iam “resolver” rapidamente esta “situação”.
Entretanto, o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres, saudou hoje, em Bruxelas, a decisão “muito positiva” da União Europeia de enviar uma força militar para o leste do Chade e o nordeste da República Centro-Africana.
“A força europeia dará uma contribuição muito positiva a esta região” agitada, limítrofe da província sudanesa de Darfur, sublinhou Guterres, antes de se reunir com os representantes dos 27 encarregados de dirigir a planificação da operação Eufor Chade-RCA, que obteve o aval da ONU.
Pelo menos 2.500 soldados europeus, entre os quais 1.500 franceses, 350 irlandeses, 350 polacos, perto de 200 suecos e uma centena de belgas, estarão envolvidos na operação de apoio dos 300 polícias enviados pela ONU e protegerão os campos de refugiados e deslocados.
“Não é uma operação clássica de manutenção da paz, mas sim uma operação visando garantir a segurança de um espaço humanitário”, referiu Guterres.
Segundo a ONU, cerca de 236.000 refugiados de Darfur estão no Chade e 173.000 chadianos foram deslocados pelos conflitos.
Além disso, perto de 45.000 centro-africanos procuraram refúgio no sul do Chade, adiantou o Alto Comissário.