Autor: Lusa/AO online
Numa conferência de imprensa no quartel-general da Aliança Atlântica, em Bruxelas, Stoltenberg apontou que a duração das violações, comparativamente a incidentes anteriores registados no espaço aéreo europeu, e o facto de se terem registado dois incidentes ao longo do fim de semana levam a NATO a concluir que "não parecem ser acidentais".
"É por isso que levamos isto muito a sério", disse, reiterando que este género de incidentes pode "criar situações muito perigosas", pelo que é imperioso que Moscovo tome todas as medidas para garantir que tais violações do espaço aéreo de um país membro da Aliança Atlântica não voltem a ocorrer.
Os incidentes levaram Stoltenberg a convocar na segunda-feira uma reunião de emergência do Conselho do Atlântico Norte, ao nível de embaixadores, e deverá dominar a discussão na reunião de ministros da Defesa da NATO prevista para a próxima quinta-feira em Bruxelas.
Na segunda-feira, após a reunião do Conselho do Atlântico Norte, a NATO advertiu a Rússia para o "perigo extremo" do "comportamento irresponsável" que representa a violação do espaço aéreo de um dos seus membros, e voltou a criticar a intervenção militar russa na Síria.
Apontando que os ataques da aviação russa em Hama, Homs e Idleb causaram vítimas civis "e não visaram o Daesh" (designação para o autoproclamado Estado Islâmico), a Aliança Atlântica instou a Federação Russa a "parar imediatamente os ataques contra os civis e opositores sírios, e focar os seus esforços na luta contra" a organização terrorista.
Reportando-se em concreto à violação do espaço aéreo turco por um avião de combate russo, no fim de semana, a NATO dá conta do "firme protesto" e "condenação" por parte dos aliados a estas incursões no espaço aéreo da Aliança Atlântica, e adverte para "o perigo extremo de tal comportamento irresponsável".