Açoriano Oriental
Viola da Terra no VIII Encontro de Violas de Arame

A viola da terra da ilha Terceira participou, pela primeira vez, no VIII Encontro de Violas de Arame que este ano se realizou em São Martinho das Amoreiras, Odemira. A viola da terra foi apresentada pelo músico Bruno Bettencourt.


Autor: Susete Rodrigues/AO Online

Segundo refere nota de imprensa, este encontro, realizado a par com o V Encontro de Tocadores de Viola Campaniça, vteve como objetivo valorizar e preservar as violas de arame portuguesas, numa organização do Centro de Valorização da Viola Campaniça e do Cante de Improviso (CVVCCI), coordenado pelo músico Pedro Mestre.


Além de Bruno Bettencourt, com a viola da terra de 15 cordas, o encontro contou ainda com as presenças da anfitriã viola campaniça (Alentejo), a viola braguesa (Minho), a viola beiroa (Beira Baixa), a viola de arame (Madeira) e a viola caipira (Minas Gerais/ Brasil), dedilhadas, respectivamente, pelos tocadores Pedro Mestre e Carlos Loução, José Barros, Ricardo Fonseca, Vítor Sardinha e Chico Lobo.


O encontro contou com uma mesa-redonda na qual, os tocadores das violas de arame, expuseram um pouco da raíz cultural de cada um dos instrumentos, assim como as suas particularidades e técnicas de execução. Ainda no primeiro dia, teve lugar um debate, intitulado: "A viola de arame portuguesa", moderado por José Francisco Colaço Guerreiro e com as intervenções de Manuel Morais (musicólogo e professor), Domingos Morais (professor e etnomusicólogo) e Salwa Castelo-Branco (professora e etnomusicóloga), adianta a mesma nota.


A noite terminou com o concerto "Violas de Arame" no Centro Social de Amoreiras-Gare onde a viola da terra esteve em palco a par das restantes violas de arame representadas. O concerto resultou num imenso sucesso, tendo em conta a aclamação e satisfação demonstrada pelo público que lotou por completo a sala.


No segundo dia do evento decorreu um novo debate, desta vez sobre construção da viola de arame portuguesa, com a participação dos construtores Daniel Luz, Orlando Trindade e um representante da fábrica de cordofones "Artimúsica". O encontro terminou à boa maneira alentejana com uma sessão de cante ao despique e baldão, acompanhado à campaniça na Taberna do Lagar e um magusto.


Explica a nota de imprensa que a  ideia da realização deste encontro, surgiu em Setembro de 2009, impulsionada por Pedro Mestre, no âmbito do Festival Planície Mediterrânica - Festival Sete Sois, Sete Luas, em Castro Verde, reunindo-se à altura quatro músicos portugueses, Pedro Mestre (Viola Campaniça), José Barros (Viola Braguesa), Vítor Sardinha (Viola de Arame/Madeira) e Rafael Carvalho (Viola da Terra/Açores).

O sucesso da primeira edição, levou estes quatro músicos até aos Açores, nomeadamente, à ilha de São Miguel, onde decorreu o II Encontro de Violas de Arame, contando com a participação especial da Viola Caipira, dedilhada por Chico Lobo (Minas Gerais/Brasil), o qual passou a integrar este Encontro.

A III e IV edição do Encontro de Violas de Arame, decorreram em Castro Verde, em 2011 e 2013, respetivamente. Em 2015 e 2016, foi a vez do Brasil (Minas Gerais) as V e VI edição deste Encontro de Violas de Arame, o qual foi muito aclamado pelo público. A VII edição realizou-se novamente em Castro Verde, em 2017.

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