Autor: Lusa/AO Online
Este episódio avançado por André Ventura, em conferência de imprensa, motivou depois uma tensa discussão entre o líder do Chega e vários jornalistas, que quiseram saber qual a razão de este partido ter demorado até quinta-feira para denunciar a existência de várias malas no gabinete de Miguel Arruda no parlamento.
“Foi o Chega que na quinta-feira comunicou ao presidente da Assembleia da República a existência desses objetos e alertou para a possibilidade de estarem relacionados com o produto do crime, de um crime que tinha sido publicamente exposto. Foi o Chega que pediu que fosse feita a necessária articulação entre o órgão de soberania, o parlamento e as autoridades judiciais”, declarou André Ventura.
Na terça-feira passada, o deputado Miguel Arruda, cabeça de lista pelo Chega nos Açores, foi constituído arguido por suspeita do furto de malas no aeroporto de Lisboa, e nesse mesmo dia a PSP realizou buscas nas casas do deputado em São Miguel e em Lisboa.
Em causa estão suspeitas de crimes de furto qualificado e contra a propriedade. Miguel Arruda terá furtado malas dos tapetes de bagagens das chegadas do aeroporto de Lisboa quando viajava vindo dos Açores no início das semanas de trabalhos parlamentares.
A PSP indicou que o deputado do Chega não foi logo detido, porque primeiro era necessário o levantamento da sua imunidade parlamentar.
Hoje, o Ministério Público revelou que acordou com a Assembleia da República, através da Procuradoria-Geral da República (PGR), o dia de segunda-feira para apreender malas e outros objetos no gabinete do deputado eleito pelo Chega Miguel Arruda no parlamento. O parlamento indicou então 27 de janeiro [segunda-feira] para a realização da diligência.
No plano político, na sexta-feira, o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, anunciou que Miguel Arruda tinha passado à condição de não inscrito e que iria ficar sentado na última fila entre as bancadas do Chega e do PSD, como já aconteceu em outras situações semelhantes.
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