Açoriano Oriental
Vasco Cordeiro (PS/Açores) critica agravamento da austeridade no país
O candidato do PS/Açores à presidência do governo regional, Vasco Cordeiro, criticou o agravamento da austeridade anunciado pelo primeiro-ministro, questionando se os açorianos também querem um executivo social-democrata na região para
 Vasco Cordeiro (PS/Açores) critica agravamento da austeridade no país

Autor: Lusa

 

“Mais austeridade do Governo do PSD na República levanta a questão de saber se os açorianos também querem um Governo do PSD nos Açores para trazer este tipo de austeridade”, afirmou Vasco Cordeiro, em declarações aos jornalistas em Ponta Delgada.

Vasco Cordeiro, que comentava a declaração do primeiro-ministro, frisou que o executivo liderado por Pedro Passos Coelho “só conhece esse caminho quando falha nas estimativas da receita fiscal e a execução orçamental”.

“O Governo do PSD só conhece o caminho de mais austeridade para cima dos portugueses, agora alargando essa austeridade ao setor privado”, afirmou, alertando que as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro “acentuam o gravíssimo problema” da economia portuguesa, “que é um problema de consumo privado”.

“As empresas não crescem se não venderem, não podem criar postos de trabalho se não venderem e, ao afetar-se o consumo, estamos indiretamente a penalizar as empresas, a dificultar as condições para que possam criar emprego”, alertou.

Vasco Cordeiro falava no final de uma reunião com a delegação socialista da Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu, que integra os eurodeputados Capoulas Santos e Luís Paulo Alves.

O primeiro-ministro anunciou hoje ao país que os pensionistas continuarão sem subsídios de Natal e férias e que os funcionários públicos continuarão com um dos subsídios suspenso e o outro será reposto de forma diluída nos 12 salários, apenas para ser retirado de novo através do aumento da contribuição para a Segurança Social de 11 para 18 por cento.

Os trabalhadores do setor privado perderão, na prática, um subsídio através do aumento da contribuição para a Segurança Social, que nas contas do Governo corresponde ao equivalente a um dos subsídios.

A declaração do primeiro-ministro em São Bento surge numa altura em que a quinta avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF) pela ‘troika’ se aproxima do fim, e como forma de contornar a decisão do Tribunal Constitucional de declarar inconstitucional para 2013 os cortes nos subsídios apenas para pensionistas e funcionários públicos.

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