Açoriano Oriental
Vão faltar polícias na Região para garantir segurança

Alerta é dado pelo Sindicato da Polícia, dando nota que os Açores estão a perder agentes e que o reforço anunciado em abril ainda não se verificou. SINAPOL pede ação das Câmaras e do Governo

Vão faltar polícias na Região para garantir segurança

Autor: Miguel Bettencourt Mota

Há o perigo concreto de, “a curto prazo”, várias esquadras açorianas passarem a estar fechadas em alguns momentos do dia e que a polícia, por força de estar a perder elementos e não ver reforçado o seu efetivo, venha a diminuir a capacidade de resposta à população.

O alerta é dado pelo Sindicato Nacional de Polícia (SINAPOL) que pede outro tipo de diligência por parte das Câmaras Municipais e do próprio Governo dos Açores na resolução do problema da crescente falta de agentes no arquipélago.

Em comunicado enviado a esta redação, o SINAPOL informa que, a breve trecho, “vai agravar-se a falta de efetivos nesta Região, pois aos mais de duzentos elementos que faltam, irão agora juntar-se outros vinte”. Essa diminuição, sublinha a estrutura sindical, é ainda motivo de maior indignação quando se olha ao atual quadro policial e se recorda o anúncio feito pelo líder do executivo açoriano e pelo ministro da Administração Interna, aquando da visita institucional de Eduardo Cabrita aos Açores, em abril.

“O Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, juntamente com o presidente do Governo Regional dos Açores, anunciaram um reforço do efetivo policial na Região Autónoma dos Açores de 40 novos elementos, o que representava 10% do número de novos agentes que se encontravam a concluir a sua formação na Escola Prática de Polícia em Torres Novas”, pode ler-se.

Ora, o SINAPOL sente-se defraudado e quer deixar claras as eventuais consequências da falta de investimento no corpo policial dos Açores.
No documento, o sindicato alerta “para o aumento substancial do fecho diário de esquadras, do aumento do tempo de resposta à população devido à falta de efetivo, do aumento das horas extraordinárias não pagas aos agentes, chefes e oficiais da polícia”, e frisa que o não reforço pode vir mesmo a colocar “em causa a segurança pública” dos açorianos.

Queixando-se da “ falta de intervenção e de revindicação do poder autárquico e do próprio Governo Regional” na matéria, o SINAPOL encontra no comunicado enviado a este jornal a forma de firmar uma posição antiga, já que não é “permitido aos polícias fazer greve como é permitido a outras classes profissionais”.

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