Açoriano Oriental
Urgência para casos menos graves contraria o anunciado em julho

O Serviço de Urgências do Hospital Modular do Hospital do Divino Espírito Santo abriu com indicação para receber casos menos graves (pulseiras verdes e azuis), o que contraria o que foi anunciado em julho, durante a apresentação do projeto.

Urgência para casos menos graves contraria o anunciado em julho

Autor: Nuno Martins Neves

A 17 de julho, no Palácio da Conceição, a diretora clínica do HDES, Paula Macedo, afirmou que, com a abertura do Serviço de Atendimento Urgente na Unidade de Saúde de Ilha de São Miguel, “a capacidade da Urgência é para vermelhos, laranjas e amarelos, visto que os azuis e verdes vão ser encaminhados para a USISM, com médicos do HDES. Esta urgência/emergência é para quem necessita mesmo de cuidados médicos diferenciados hospitalares, e que são inferiores a 50% das ocorrências”.

Aliás, na mesma ocasião, a secretária regional da Saúde, Mónica Seidi, expressava que “a nossa principal preocupação é desocupar, o quanto antes, a CUF e trazer os serviços que lá estão para o Hospital Modular e logo aí é menos um serviço onde estavam profissionais e equipamentos do HDES, e funciona a atividade de urgência direcionada a estes utentes de maior gravidade”.

Confrontados com estas declarações, o presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro afirmou que os casos de maior gravidade vão continuar a ser encaminhados para a urgência do único hospital privado na região, a CUF, na Lagoa.

Por sua vez, a secretária regional da Saúde, Mónica Seidi, acrescentou que só quando o Hospital Modular tiver todas as suas valências em funcionamento é que já não será necessário reencaminhar pacientes para o hospital privado.

No entanto, a governante esclarece que o Serviço de Urgência do Hospital Modular é um serviço de porta aberta e que atende todos os doentes, mesmo os mais graves.

“Sendo urgência de porta aberta, os doentes são aqui triados [no hospital modular]. Se um doente for triado de laranja ou de amarelo, requer alguma estabilização e observação, que é feita neste lugar para depois ser alocado à melhor infraestrutura para sua situação”, explicou Mónica Seidi.

Por fim, José Manuel Bolieiro rejeitou qualquer atraso no funcionamento da infraestrutura, prometendo que ficará concluída até ao final do ano.

“O que nós temos relativamente aos diferentes módulos é a programação contratualizada para até ao final deste ano termos os outros módulos instalados. Até ao final do ano. O que nós vamos é, obviamente, nos termos em que está contratualizando, ir acompanhando”.

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