Açoriano Oriental
Uma Espanha "exorcizada" contra uma Rússia "revolucionada"
Uma Espanha "exorcizada" de fantasmas que a perseguiam nas grandes competições internacionais e uma Rússia "revolucionada" por Andrei Arshavin discutem quinta-feira, em Viena, a segunda vaga na final do Euro2008 em futebol.
Uma Espanha "exorcizada" contra uma Rússia "revolucionada"

Autor: Lusa/AO online
Os espanhóis, acostumados a frustrar sucessivamente as melhores expectativas com eliminações precoces, ganharam novo ânimo depois de terem deixado pelo caminho a Itália, uma equipa a quem não ganhavam em jogos oficiais desde os Jogos Olímpicos de 1920.

    Mas as "maldições" não acabaram por aqui. Esta é a primeira vez, desde a edição de 1984, em França, que a Espanha disputa uma meia-final do torneio continental, isto depois de ter "aniquilado" outro "fantasma", a data maldita de 22 de Junho, o dia em que os espanhóis se "livraram" dos italianos nas grandes penalidades, também em Viena.

    A data era de má memória para a Espanha, afastada nesse dia, sempre nos quartos-de-final e sempre nas grandes penalidades, no Mundial86 (com a Bélgica), no Euro96 (Inglaterra) e no Mundial2002 (Coreia do Sul).

    A juntar às novas estatísticas mais coloridas, a Espanha, a única selecção que chega às meias-finais sem derrotas, é também a única equipa que consegue atingir esta fase decisiva depois de se sagrar "campeã" num grupo da primeira fase.

    Curiosamente, os espanhóis rejeitam, porém, trocar a habitual fúria por euforia quando é colocada em cima da mesa dos prognósticos a folgada vitória por 4-1 alcançada sobre esta mesma Rússia no jogo de abertura do Grupo D.

    Os espanhóis sabem que vão reencontrar uma equipa que se transfigurou radicalmente com a "chegada" de Andrei Arshavin, um dos fortes candidatos à eleição de melhor jogador do torneio e grande responsável pela "revolução" a Leste, a par do técnico holandês Guus Hiddink.

    Muitos estranharam o facto de Hiddink ter convocado Arshavin para esta competição, mesmo sabendo que o criativo médio do Zenit não podia disputar os dois primeiros jogos do Euro2008, devido a castigo. No entanto, as grandes exibições nos dois últimos encontros, diante a Suécia (2-0) e, sobretudo, a Holanda (3-1, após prolongamento) explicaram a arrojada aposta do técnico holandês.

    Desta forma, e pelos números, a Espanha deve partir para este jogo com ligeiro favoritismo, mas muitos dos que sentenciaram uma passagem fugaz da Rússia por este Europeu já apostam no título europeu para os pupilos do "Midas" Hiddink.
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