Autor: Nuno Martins Neves
Um quarto dos açorianos apoiados pelo investimento “Qualificação de Adultos e Aprendizagem ao Longo da Vida”, ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), encontra-se inserido no mercado de trabalho, revelou o Governo Regional dos Açores, em resposta ao requerimento do PAN/Açores.
Até 30 de junho, o Gabinete de Orientação Vocacional e Profissional (GOVP), responsável pela operacionalização deste investimento, tinha acompanhado um total de 3067 açorianos, com destaque para desempregados de longa duração, jovens NEET(Sem emprego, educação ou formação, na sigla inglesa) e outros públicos em situação de vulnerabilidade.
Destes, 1438 encontram-se atualmente integrados em medidas de emprego, sendo que metade (764) foram colocados no mercado de trabalho, através de ofertas de emprego.
Os restantes encontram-se a participar em Programas de Inserção Socioprofissional, como o Prosa.Qualifica, CTTS, SEIe Berço de Emprego (284 pessoas); a frequentar ações de formação profissional (241); ou a realizar estágios, ao abrigo das medidas Reconverter Pro, Estagiar+ e Incluir (149).
Ou seja, dos mais de 3 mil açorianos acompanhados, apenas um quarto (24,9%) está efetivamente a trabalhar.
O Governo Regional dos Açores acrescenta que o GOVP, que está presente nos Centros de Qualificação e Emprego (CQE) de São Miguel, Terceira e Faial, “tem desenvolvido uma intervenção personalizada e integrada, em articulação com os restantes setores do CQE e entidades parceiras. Esta abordagem tem contribuído significativamente para a capacitação e inserção de utentes no mercado de trabalho, refletindo-se nos resultados apresentados”.
Oinvestimento “Qualificação de Adultos e Aprendizagem ao Longo da Vida”, que tem um investimento global de 29 milhões de euros, pretende “resolver o grave problema dos baixos níveis de qualificação na Região Autónoma dos Açores”. O investimento consiste em aumentar o número de adultos matriculados no ensino pós-secundário e superior (meta de 1145 açorianos no final de 2025); e modernizar 16 escolas profissionais e um instituto de formação público “com estruturas e equipamento em linha com o desenvolvimento tecnológico, a fim de renovar oficinas, laboratórios e salas de computadores, permitindo assim o alinhamento com a procura do mercado de trabalho”.