Autor: LUSA/AO Online
Às 13:20 (11:20 em Lisboa), a bandeira da divisão sudeste da força multinacional com as cores dos Royal Marines britânicos foi arreada na base militar de Bassorá, 550 quilómetros a sul de Bagdad, onde estão 4.100 soldados britânicos.
A cerimónia realizou-se na presença de 300 oficiais britânicos, iraquianos e norte-americanos, entre os quais o comandante da força multinacional no Iraque, o general Ray Odierno, e o chefe do Estado-Maior do Exército britânico, o general Jock Stirrup.
Seguiu-se o hastear da bandeira da 10a divisão de montanha do exército norte-americano, que assume o comando da base até à retirada dos Estados Unidos do Iraque, em finais de 2011.
"As nossas nações estão ligadas pelo sangue que derramamos juntos. É um laço inquebrável", declarou o general Ray Odierno na cerimónia. "Vocês restauraram a esperança onde reinava o caos", acrescentou.
A memória dos 179 militares britânicos mortos no Iraque desde 2003 foi evocada na cerimónia, com o general Jock Stirrup a homenagear "os homens e mulheres dos quatro cantos dos Estados Unidos e do Reino Unido que combateram no Iraque (e) em especial aqueles que fizeram o derradeiro sacrifício".
O Reino Unido foi um aliado central dos Estados Unidos na invasão do Iraque, em Março de 2003, participando numa primeira fase com 46.000 soldados, o que fazia do contingente britânico o segundo maior, a seguir ao dos Estados Unidos.
Em conformidade com o acordo assinado em finais de Dezembro entre Bagdad e Londres, os 4.100 soldados britânicos actualmente no Iraque terminam a missão a 31 de Maio e concluem a retirada de todas as forças no final de Julho.
O novo comandante da base de Bassorá, o general norte-americano Michael Oates, destacou na sua intervenção "o trabalho notável" das forças britânicas.
As tropas norte-americanas a partir de agora responsáveis pela base de Bassorá deverão assumir as acções em curso de formação da polícia da província.
Bassorá esteve sob controlo britânico entre Abril de 2003 e Janeiro de 2009, data em que transferiram a responsabilidade pela segurança da província para as autoridades iraquianas.