Autor: lusa
"Tem sido rotina o encaminhamento de elementos policiais para o gabinete de psicologia, não só de uma forma voluntária, mas também através das chefias ou dos próprios colegas", disse Fernando Passos, em entrevista à agência Lusa.
Segundo o responsável, 3400 polícias em todos os comandos distritais da PSP têm formação para alertar e sensibilizar os colegas de profissão para serem acompanhados no gabinete de psicologia.
"Um dos objectivos iniciais era que houvesse uma divulgação e que fossem os colegas os primeiros elementos a tentarem encaminhar os seus elementos mais próximos", sublinhou.
"No terreno, a pessoa que está mais próxima de um elemento policial é também um elemento policial, não é nenhum técnico de saúde mental. São esses elementos que proporcionam, não só um encaminhamento, mas também são capazes de alertar para situações que de alguma maneira lhes chamem a atenção", sustentou.
As acções de formação têm a duração de dois dias e permitem aos agentes adquirir "algumas noções do que é o stress profissional, as variáveis, que medidas tomar perante uma fase crítica ou aguda de stress e como podem ser resolvidas", explicou, adiantando que "algumas delas podem ser situações momentâneas, mas outras permanecem e exigem um acompanhamento".
Fernando Passos afirmou que a formação de pares começou em 2003 e vai continuar na PSP.
"Surgem sempre pessoas (nas consultas) que são encaminhada pelos colegas e chefias hierárquicas", acrescentou.