Autor: Manuel Silva
Nunca o mundo da cultura sofreu tanto em tão pouco tempo. Músicos,
promotores culturais e staff técnico perderam todas as suas certezas,
num futuro que até então se adivinhava risonho.
Mesmo neste contexto
tão hostil, há quem persista. Um pouco à semelhança da sua primeira
edição, o Tremor atira-se ao desconhecido e marca já o seu regresso em
2021. Ninguém sabe o que trará o novo ano, mas certo é que entre os dias
7 e 11 de setembro teremos tudo a postos para o regresso da cultura aos
lugares mais insólitos, num clima de descoberta que promete manter-se
apesar de todas as restrições que se anteveem.
Habituados a 6 anos de Tremor em março, teremos agora que replanear um ano cultural que se antevê difícil. A mudança na data estará, invariavelmente, associada ao expectável desenvolvimento da pandemia de Covid-19 durante o próximo ano. Ainda assim, mesmo em setembro, é altamente previsível que existam restrições que obrigarão a uma adaptação por parte da organização do festival.
Até lá, resta-nos esperar. Uma espera que se antevê longa, mas cheia de esperança. É certo que não poderemos ter o Tremor a que estamos habituados, mas estamos descansados - criatividade é algo que não falta às gentes que pensam e fazem este festival. Até setembro terão certamente encontrado forma de nos trazer cultura, mantendo o seu espírito de descoberta e a sua vertente local e social. O mundo estará de regresso à ilha.