Autor: Nuno Martins Neves
O Hospital do Divino Espírito Santo paga 75 euros por dia a uma rent-a-car para transportar doentes não-emergentes com autonomia - ou seja, casos não graves em que a pessoa pode deslocar-se sozinha - entre o edifício principal do HDES e o Hospital Modular.
O valor foi revelado pelo Governo Regional dos Açores, em resposta a um requerimento do Grupo Parlamentar do Partido Socialista dos Açores.
De acordo com o documento, o transporte de doentes entre o edifício principal do HDESe o Hospital Modular varia consoante a condição do doente a ser transportado.
Assim, os doentes críticos são transportados através de viatura SIV (Suporte Imediato de Vida), sob a responsabilidade do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros, “efetuado por equipa e viatura própria, regulado e ativado pelos mecanismos já conhecidos”.
Já
o transporte dos doentes não emergentes com limitações motoras ou
acamados é da responsabilidade dos Bombeiros Voluntários de Ponta
Delgada, através de viaturas, material e pessoal da corporação, “com
base em protocolo estabelecido entre a Secretaria Regional da Saúde e
Segurança Social e o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros para
este tipo de transporte”.
O Governo Regional acrescenta que “se necessário, e com base em escalas de avaliação clínica, neste transporte pode ser necessária a presença de médico e/ou enfermeiro da equipa do HDES”.
Por último, o transporte de doentes não emergente autónomo, ou seja, pessoas que não tenham qualquer limitação motora, é efetuado através de uma viatura ligeira de sete lugares, alugada à Ilha Verde Rent-a-Car, do Grupo Ilha Verde, por 75,60 euros/dia, conduzida por trabalhador/motorista do HDES. “Sempre que necessário, este transporte é realizado com presença de profissional de saúde do HDES”, lê-se no documento.
À questão dos socialistas sobre qual o protocolo atualmente estabelecido para o transporte de doentes entre as duas unidades hospitalares, o Governo Regional dos Açores responde apenas que “a escolha do meio de transporte para cada doente tem por base as escalas de avaliação para o transporte intra-hospitalar, devidamente autorizadas e validadas pela Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos para transporte de doentes”.