Autor: Lusa/AO Online
“A limpeza desta zona dos Mosteiros irá decorrer seguramente até ao final da semana, porque a quantidade de detritos que foram arrastados e que transbordaram da ribeira é enorme”, avançou à agência Lusa o governante, que esteve na freguesia da ilha de São Miguel.
Alonso Miguel realçou que sete habitações ficaram “completamente inundadas”, sendo que a avaliação quanto à necessidade de realojamentos está a ser tratada pelos serviços de ação social da Câmara de Ponta Delgada.
“É um cenário de inundações em algumas habitações, de arrastamento de viaturas, danos materiais, essencialmente. Não há vítimas a registar. Também não há acidentes com pessoas. No fundo, dentro do quadro de receio inicial, não há danos, tirando os materiais”, declarou.
O secretário do Ambiente e Alterações Climáticas disse que vai decorrer “todo um trabalho de inventariação de danos” para “encontrar soluções para as pessoas que ficaram prejudicadas”.
“É claro que as pessoas têm perdas e estão assustadas com isso. O Governo Regional, em conjunto com a Câmara Municipal, tentará encontrar mecanismos de apoio a estas famílias”, salientou.
Segundo disse, as ocorrências registadas na ilha de São Miguel, sobretudo nas freguesias dos Mosteiros e Sete Cidades, foram “essencialmente causadas por episódios de precipitação intensa e pelo transbordo de ribeiras”.
“No fundo, estamos a falar uma vez mais de uma demonstração clara dos impactos de fenómenos climatéricos extremos, resultantes dos efeitos das alterações climáticas”, assinalou.
Alonso Miguel disse ser “importante adaptar a região” a este tipo de fenómenos para “mitigar os efeitos das alterações climáticas”.
“Isso
faz-se trabalhando preventivamente ao nível da monitorização
climatérica, da criação de sistema de alertas, da gestão adequada das
bacias hidrográficas e também do correto ordenamento do território. Tudo
isso associada à criação de condições de operacionalização”,
acrescentou.