Autor: Lusa/AO Online
Segundo o dirigente do Sindicato Nacional de Motoristas, a paralisação dos trabalhadores da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) está a registar uma adesão "perto dos 73 por cento", mas "decorre tudo dentro da normalidade, com respeito pelos serviços mínimos estabelecidos".
"Não vemos qualquer motivo para este reforço policial e de segurança", disse, referindo que além da PSP, houve também um reforço da equipa de segurança e vigilância na empresa.
Os seguranças, segundo Jorge Costa "tentaram impedir a entrada dos trabalhadores não fardados nas instalações da empresa, mas a situação já foi ultrapassada".
"É a primeira vez que assistimos a uma coisa destas, penso que o objectivo é amedrontar os trabalhadores", disse.
Além da paralisação, está prevista a concentração dos trabalhadores junto ao Governo Civil do Porto, onde será entregue um documento com denúncias relativamente às "constantes violações do acordo de empresa", revelam os sindicatos.
O aspecto mais contestado é a organização dos horários de trabalho dos motoristas: os sindicatos contestam que os trabalhadores sejam forçados a cumprir mais de 40 horas semanais sem serem compensados por isso, enquanto que a empresa diz estar "em rigoroso cumprimento do código de trabalho".
A empresa mostra-se disponível para o diálogo, desde que os sindicatos retirem os pré-avisos de greve, mas os trabalhadores não aceitam a condição e exigem "evoluções no processo negocial".
A STCP garantiu 20 por cento de serviços mínimos e conseguiu que os portadores de passes da STCP possam utilizá-los no metro do Porto e na CP.
O protesto arrasta-se desde Agosto, com paralisações diárias às horas extraordinárias e às duas últimas horas de cada turno.