Autor: Lusa / AO online
“Não nos podemos dar ao luxo de ter terras incultas. Temos de as por ao serviço da rentabilidade, do crescimento e riqueza das nossas populações”, afirmou Berta Cabral no sábado à noite no jantar comício na Casa do Povo da Beira, na ilha de S. Jorge.
Para a candidata social-democrata “é tempo de diversificar a agricultura e criar riqueza”, alegando que a região pode substituir as importações de alguns produtos hortícolas se em cada uma das ilhas se cultivar estes mesmos produtos.
“Nós importamos salsa, alfaces, tomate, feijão verde e rúcula, produtos que qualquer ilha pode produzir”, sustentou Berta Cabral, durante um discurso várias vezes aplaudido pelas centenas de pessoas presentes no comício.
“Sabem quem foi o secretário da Agricultura que nada fez pela diversificação agrícola? É o mesmo que agora é candidato a presidente do Governo”, disse, acusando os principais adversários de terem um “socialismo caduco e cansado, que nada trás de novo às ilhas”.
Aos jorgenses Berta Cabral prometeu criar uma entidade reguladora dos produtos pecuários e do leite para “ter a certeza que todos são tratados por igual”.
Segundo disse, as margens de lucro devem ser distribuídas por todos os intervenientes e agentes económicos que integram a fileira de forma igual.
Se for eleita presidente do Governo a 14 de outubro, tal como espera e sente na rua “que embora a medo os açorianos querem mudar”, Berta Cabral assumiu que as visitas estatutárias passarão a ter a duração de uma semana, nas seis ilhas onde não estão sedeadas secretarias regionais.
“Vou passar uma semana para ouvir as pessoas, ter contacto com a população para andar pelas estradas e visitar as escolas, para no terreno fazer aquilo que se chama governo de proximidade e para as pessoas”, referiu.