Açoriano Oriental
Sócios aprovam as garantias que o Santa Clara dá ao Banif

Para o Santa Clara poder continuar a caminhada e sair da má situação financeira em que se encontra, o clube deu a conhecer aos sócios as garantias que a banca exigiu para conceder o empréstimo aos encarnados

Sócios aprovam as garantias que o Santa Clara dá ao Banif

Autor: Susete Rodrigues

Os sócios do Santa Clara aprovaram os dois pontos que ontem estiveram em cima da mesa da Assembleia-Geral do clube encarnado. Tratou-se da apreciação e votação dos termos, condições e garantias do contrato de mútuo a celebrar com o Banif, no valor de 790000,00 euros; e a apreciação e votação dos termos, condições e garantia do contrato de mútuo a celebrar com o Banif no valor de 2073000,00 euros. Numa AG que contou com pouco mais de 12 sócios, o presidente da Mesa da Assembleia Geral, Costa Martins, foi substituído, de comum acordo entre os sócios presentes, pelo também sócio, Fernando Domingo.

Do Conselho Fiscal também só compareceu um elemento, enquanto que a mesa da direcção esteve mais composta. Dos dois pontos discutidos, o que maior estranheza gerou nos sócios encarnados foi o primeiro, já que de entre as várias garantias que a instituição bancária exigiu, está a hipoteca de um prédio situado no Pico das Canas, Freguesia de São Roque. Um prédio de um privado que ainda não foi cedido ao clube e que a posteriori servirá para a fundação que os encarnados querem fundar. Foi então explicado aos sócios, que na actual situação financeira que o Santa Clara se encontra, a direcção não tem meios, nem "trunfos", como disse Mário Baptista, para poder contrariar as garantias que o Banif exige, porque só desta forma é que o clube pode continuar em frente. No entanto, o ponto acabou por ser aprovado, com quatro abstenções, quatro votos contra e 33 votos a favor, segundo o método de votação do clube encarnado, através de cartões. De referir que o vice-presidente para área financeira, Miguel Simas, deu a conhecer o conteúdo dos pontos discutidos, bem como dos respectivos contratos. Certo é que o clube continua com um défice de 1663000 euros, apurado aquando do fecho das contas da época de 2007/2008, resultado que será também apresentado numa AG a realizar até dia 30 de Setembro. Saliente-se que o empréstimo no valor de 790000,00 euros do ponto 1, será pago em 10 anos, com conveniência de capital de um ano, ou seja, o clube só inicia o pagamento em 2009. No que diz respeito ao segundo ponto, foi aprovado por unanimidade, tendo sido explicado que o valor do contrato não estará, na totalidade, ao dispor do clube, já que foi necessário recorrer ao mesmo para sanar algumas dívidas. O Santa Clara terá à volta de 1 milhão de euros para gerir.

Até ao fecho da nossa edição a AG ainda decorria, com o habitual período dedicado aos sócios para exporem as suas opiniões, o que de certa forma gerou um mal entendido entre os presentes, porque, de acordo com os novos estatutos do clube, já não existem AG "Extraordinárias", como estava designado na convocatória. No entanto, Paulo Araújo pediu a palavra e abordou o tema das saídas de alguns atletas da equipa profissional, caso de Portela.

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