Recorde-se que o SNPVAC aprovou, em Assembleia Geral de Emergência, a proposta de acordo entre o sindicato e o consórcio Newtour/MS Aviation, que está a negociar a privatização da Azores Airlines.
Em comunicado, o sindicato afirma que a aprovação do documento demonstra que, "ao contrário das insinuações e ataques feitos a esta direção, nunca houve obstáculos por pressupostos ideológicos ou bloqueios externos para chegar a um acordo".
"A partir de hoje, a Azores Airlines poderá entrar noutro ciclo, numa realidade distinta. Mas, apesar de toda a indefinição que este processo tem provocado, fica a certeza de que a direção e os associados do SNPVAC não aceitarão pressões e continuarão atentos e críticos, para que haja um futuro para todos, para a empresa, para a população dos Açores, para a diáspora açoriana e para a região", garante o sindicato.
Segundo o SNPVAC, os tripulantes de cabine da Azores Airlines "não fugiram das suas obrigações, aceitaram o desafio e assumiram a sua responsabilidade".
Para a direção do sindicato, o consórcio Newtour/MS Aviation "terá de assumir o erro da carta aberta enviada ao Pessoal de Cabine" e "terá de admitir que a direção do SNPVAC não atua por pressupostos individuais, mas sim com uma real noção do todo, sem nunca deixar de defender os interesses" dos seus associados e "muito menos permitir que fiquem com qualquer tipo de ónus neste processo, que não sabemos como vai prosseguir".
"Os associados da Azores Airlines foram claros: demonstraram ao Governo Regional que não aceitam a pressão a que foram sujeitos nos últimos meses, ao contrário do Governo Regional, que nunca conseguiu vincular o consórcio ao compromisso da aquisição de uma percentagem da Azores Airlines", lê-se no comunicado.
O sindicato aponta também para "a falta de confiança" na atual gestão da SATA, assinalando "sucessivos erros de gestão, comunicação e decisão", que "não dá garantias para o futuro da empresa".
Ao mesmo tempo, sublinha que os associados "não passam um cheque em branco ao consórcio e não aceitam pressões nem recados".
O Newtour/MS Aviation, que tem até segunda-feira para apresentar uma proposta pela companhia aérea, considera que a “postura dos dirigentes sindicais, além de condicionada por pressupostos ideológicos, foi de bloqueio a um acordo”, apesar de os funcionários terem “manifestado abertura ao compromisso”.
