Açoriano Oriental
PSD/Congresso
Rio condena "despautério" de quem diz que partido está a definhar

O presidente cessante social-democrata, Rui Rio, considerou hoje “um despautério” a ideia que tentam passar na opinião pública de que o PSD “está a definhar”, lamentando que o populismo não seja “um exclusivo das forças extremistas”.

Rio condena "despautério" de quem diz que partido está a definhar

Autor: Lusa /AO Online

“É precisamente esse mimetismo de muito fraca criatividade que tem tentado instalar na opinião pública a ideia de que o PSD está a definhar e em dificuldades para evitar o caminho para a sua irrelevância política”, criticou Rui Rio na intervenção que fez no arranque do 40.º Congresso Nacional do PSD, que decorre até domingo no Porto.

No seu discurso de despedida, Rui Rio criticou o “despautério” destas considerações sobre “um partido político que governa as duas Regiões Autónomas de Portugal, os Açores e a Madeira, que preside a 113 câmaras municipais, que governa a capital do país, que tem mais do dobro das capitais regionais e de distrito do que o seu adversário direto, que tem um terço dos deputados da Assembleia da República, que tem mais de 1.200 presidentes de junta de freguesia, que ultrapassa os 13.000 autarcas eleitos nas suas listas e que tem mais de 50.000 militantes”.

“Como é possível ter tão pouco respeito por si próprio, ao ponto de não se coibir de exibir publicamente o ridículo com tais afirmações”, condenou.

O presidente cessante social-democrata referiu que “o PSD é desde 1974 um grande partido e, no futuro, continuará a ser o grande partido que sempre foi”.

“Disso podemos estar certos, e não será por a distorcerem que a realidade deixará de o ser”, assegurou.

Para Rio, “estar na política de forma séria e com espírito de missão é defender as suas ideias e as suas convicções, procurando, com nobreza, convencer os outros da sua bondade” e “não é contratar técnicos de marketing a peso de ouro para eles nos mandarem repetir o que o eleitor quer ouvir”.

“É precisamente esta forma superficial de estar na vida pública, agravada com uma excessiva obediência à lógica mediática, que tem conduzido o País ao imobilismo reformista, à cobardia política e à degradação cultural e intelectual da intervenção pública - porque, infelizmente, o populismo não é um exclusivo das forças extremistas, nem do mimetismo que caracteriza a maior parte da opinião publicada”, considerou.


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