Autor: Lusa/AO Online
“São greves irresponsáveis porque geram quebras de receitas e essas quebras de receitas significativas para o país não ajudam, mas sim ainda agravam mais a situação do país”, defendeu.
O vice-presidente da APAVT disse não compreender como é que os trabalhadores portuários e os pilotos têm uma atitude com este nível de irresponsabilidade e que afetam tantos outros portugueses.
A greve dos pilotos de barra começou às 00:00 de segunda-feira e termina às 24:00 de hoje, seguindo-se na quarta e quinta-feira uma dos estivadores e na sexta e próxima segunda a paralisação dos trabalhadores das administrações portuárias.
Durante a greve dos pilotos de barra estão previstos serviços mínimos, que, segundo o sindicato, serão cumpridos em emergências e situações de socorro em que estejam em causa pessoas e bens.
“Até à próxima semana estamos a falar em cerca de 16 navios que poderão deixar de escalar nos portos portugueses e por isso estamos a falar de uma quebra de receitas de milhões de euros que deixam de entrar no país”, explicou o responsável.
Segundo João Welsh, esta situação “também põe em causa num médio e longo prazo todo o trabalho que tem sido feito ao longo das últimas décadas para atrair estes navios” para os portos portugueses.
“Esta situação cria insegurança junto das companhias de cruzeiro, o que poderá afetar escalas nos próximos anos. Todos sabemos o que aconteceu na Grécia, onde, com todas as greves, muitas das companhias de cruzeiro deixaram de escalar”, alertou o vice-presidente da APAVT.