Autor: Lusa/AO online
Três helicópteros foram obrigados a regressar ao Uganda, tendo um deles sido atingido a tiro e perdido combustível, adiantaram fontes militares ugandesas citadas pela agência de notícias francesa AFP.
O Pentágono referiu que os soldados feridos estão a receber tratamento médico, não confirmando se se tratavam realmente de helicópteros os meios de aviação envolvidos no ataque.
Os Estados Unidos da América (EUA) deslocaram 45 soldados na quarta-feira para proteger os cidadãos e bens norte-americanos no Sudão do Sul, onde se têm vindo a intensificar os combates entre rebeldes e forças governamentais.
Numa carta dirigida ao Congresso, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse que as tropas vão permanecer no país africano “até que a situação de segurança seja tal que elas deixem de ser necessárias”.
Os combates adensaram-se depois da deserção de um dos comandantes máximos do exército do Sudão do Sul para o lado dos rebeldes.
O Presidente do país, Salva Kiir, ainda fez uma oferta para abrir negociações com o seu anterior vice, Riek Machar, que é acusado de ser o responsável pelo início dos confrontos ao tentar um golpe de Estado.
Por sua vez, Riek Machar acusa o Presidente do Sudão do Sul de estar a pôr em prática uma purga através da violência, e rapidamente reuniu um exército rebelde para tomar o Governo em várias frentes.
Pelo menos 500 pessoas morreram na capital do país, Juba, em apenas seis dias de confrontos, enquanto dezenas de milhares estão deslocados, com muitos destes a procurarem refúgio nas bases das Nações Unidas no país.
O vizinho Quénia deu ordens hoje para a entrada de 1.600 soldados no país para fazer a remoção dos cidadãos quenianos que lá permanecem ainda, seguindo assim o exemplo do Uganda, que já tinha mandado as suas forças especiais para o mesmo efeito.
O exército do Sudão do Sul garantiu à AFP que está em curso uma operação para retomar o controlo da cidade de Bor, que fica a cerca de 200 quilómetros a norte da capital Juba, e que foi tomada pelos rebeldes esta semana.