Autor: Nuno Martins Neves
Pela voz de Berto Messias, os socialistas dizem que Pedro Catarino “não teve o mesmo tratamento e o mesmo critério” com a coligação de direita, quando o PSvenceu as eleições de forma clara e inequívoca em 2020, com maioria relativa, e não foi convidado a formar governo.
Já o Bloco de Esquerda, encarou a decisão como “natural”, com António Lima a reafirmar a posição de ser “oposição” à coligação de direita e a duvidar da estabilidade da solução governativa. “Desde 2020 que esta coligação de direita tem significado instabilidade permanente, com acordos rasgados e ameaças permanentes”.
Da parte do Chega/Açores, José Pacheco entende que agora “a Democracia tem de começar a funcionar, através de entendimentos partidários, sem necessidade de mais intervenções por parte do Representante da República”, sem interferências da política nacional.
Evoltou a afirmar que o partido tem de fazer parte da solução governativa. “O Chega tem o poder que o Povo lhe deu. Temos cinco deputados, que conseguimos eleger mostrando aos Açorianos ao que íamos, não somos como outros partidos que se escondem em coligações, que perdem votos e deputados. Não podemos ter no Governo partidos sem peso político e que foram os causadores da instabilidade gerada após o último Orçamento regional”, afirmou, criticando CDS e PPM, parceiros da coligação.
Quanto a Pedro Neves, do PAN/Açores, destacou a falta de diálogo da coligação com os restantes partidos, “o que é totalmente contrário ao que foi dito na campanha eleitoral”, que pode condicionar o sucesso da legislatura.
Sobre o sentido de voto do Programa de Governo, remeteu qualquer decisão para após a sua divulgação. “A nossa posição é de maturidade, todos os partidos têm responsabilidade. Mas o PAN/Açores quer ver o documento antes de decidir como irá votar”.
O
Açoriano Oriental tentou ouvir uma reação do Iniciativa Liberal, não
tendo sido possível até ao final da edição. No entanto, após a audiência
com o Representante da República, Nuno Barata condicionou a
viabilização do executivo a duas linhas vermelhas: “Um orçamento que não
tenha dívida e um Programa do Governo que não seja socialista”.
-
PS/Açores pede debate de urgência sobre "entraves" à coesão
-
Cultura e Social
Concerto de laureados do concurso Margarida Magalhães Sousa