Açoriano Oriental
Covid-19
PS/Açores critica “desnorte” do Governo Regional no combate à pandemia

O PS/Açores criticou o “desnorte” do Governo Regional no combate à pandemia, defendendo ser urgente mudar as políticas de controlo da covid-19 no arquipélago, uma vez que a situação epidemiológica na região "não está estável".

PS/Açores critica “desnorte” do Governo Regional no combate à pandemia

Autor: Lusa/AO Online

Numa declaração de voto à prorrogação do estado de emergência devido à pandemia de covid-19, assinada pelo líder parlamentar do PS na Assembleia Regional e anterior presidente do executivo açoriano, Vasco Cordeiro, os socialistas destacam o crescimento de 45% do número de casos de covid-19 na ilha de São Miguel nos últimos 15 dias.

Nesse período, referem ainda, o número de infetados aumentou 118% em Ponta Delgada, 154% em Vila Franca do Campo e 148% no concelho da Lagoa.

“Estes dados demonstram que é necessário e urgente mudar a abordagem que está a ser seguida. Estes são dados que demonstram, crua e cruelmente, que a situação não está nem estável, nem equilibrada”, lê-se no documento.

O partido considera a situação vivida em Rabo de Peixe, em São Miguel, como a “face mais visível” da “evolução preocupante” da pandemia na região, assinalando que o cordão sanitário aplicado naquela vila serviu, “incompreensivelmente”, para a realização da testagem em massa à população e “não como meio de evitar a circulação”.

“Há outros elementos que vão surgindo e que dão conta de desnorte e desorientação crescentes na atuação face à pandemia”, acrescentam os socialistas, que votaram a favor da prorrogação do estado de emergência, exemplificando com o número de testes PCR realizados na região que esteve “abaixo dos mil” em sete dos últimos 15 dias.

Na declaração de voto, o PS/Açores assinala também que “apenas na véspera do reinício das aulas” foi decidido testar toda a comunidade educativa, mas de “apenas três escolas” de São Miguel, quando o “quadro epidemiológico já gritava, e continua a gritar, por maior cautela”.

Os socialistas apontam igualmente o “trajeto inverso” feito na região, onde foi decidido “flexibilizar” as medidas de controlo da pandemia no período do Natal e Ano Novo, contrariamente à “esmagadora dos países e regiões europeias”.

“É neste contexto que se conjugam duas circunstâncias particularmente preocupantes: o agravamento da situação epidemiológica nos Açores, e, o fim, dentro de oito dias, da possibilidade de tomar medidas excecionais de controlo da pandemia, ao abrigo do estado de emergência”, é referido no documento.


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