Autor: Lusa/AO Online
“Este é um Orçamento que não tem credibilidade, que prevê um aumento do endividamento em mais 170 milhões de euros no próximo ano e contradiz aquilo que tem sido a promessa deste Governo Regional e dos partidos que o suportam”, lamentou Carlos Silva, deputado socialista, no final de dois dias de audições aos membros do executivo de coligação (PSD/CDS-PP/PPM), realizada no parlamento, na cidade da Horta.
Carlos Silva, deputado socialista, não quis revelar ainda aquele que será o sentido de voto do seu partido, na altura em que os documentos forem debatidos e votados em plenário, com início marcado para o dia 22 de novembro, mas não poupou críticas ao Plano e Orçamento.
“O Plano é irrealista, porque as receitas para o seu funcionamento são fictícias e conduzirão, inevitavelmente, a um corte superior a 50 por cento, nos investimentos para o próximo ano”, disse ainda Carlos Silva.
O deputado considera que estes documentos, “não correspondem às necessidades dos açorianos”.
Os socialistas açorianos, que geriram os destinos da região durante 24 anos consecutivos, têm o maior grupo parlamentar da Assembleia Legislativa dos Açores, com 25 deputados, mas perderam o poder nas últimas eleições legislativas regionais, em 2020, quando os partidos de direita (PSD/CDS-PP/PPM) foram convidados a formar Governo, depois de terem assegurado também o apoio parlamentar do Chega e da Iniciativa Liberal.