Açoriano Oriental
Covid-19
Profissionais de saúde dos Açores com dístico para passarem postos de controlo

Os profissionais de saúde dos Açores que tenham de circular entre concelhos vão ter dísticos e acesso a corredores para pesados, para que possam passar rapidamente nos postos de controlo da ilha de São Miguel.

Profissionais de saúde dos Açores com dístico para passarem postos de controlo

Autor: Lusa/AO Online

Segundo avançou o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA), Carlos Neves, “hoje (quinta-feira) ainda vão ser entregues dísticos para os carros dos profissionais de saúde que não residam no concelho onde trabalham”, para que possam passar rapidamente nos postos de controlo implementados na ilha de São Miguel, cujos seis concelhos estão sob cercas sanitárias.

O responsável, ouvido, por videoconferência, pela Comissão Política Geral do parlamento açoriano, acrescentou ainda que estes profissionais poderão utilizar os corredores que foram já criados para a circulação de pesados, “não tendo que ficar parados, não havendo necessidade de controlo”.

Na audição requerida pelo CDS-PP, em que foi também ouvida a secretária regional da Saúde, Carlos Neves esclareceu que, a cerca sanitária que restringe a circulação entre os seis concelhos micaelenses, tem, atualmente, 14 postos de controlo e 16 barreiras físicas, sendo que “hoje vão ser colocadas mais três” barreiras.

A operação “tem vindo a melhorar todos os dias”, depois de terem sido detetados “alguns postos que eram redundantes”, considerou.

No terreno estão 150 efetivos, que trabalham por turnos, uma diminuição dos 400 efetivos iniciais, “mantendo a eficiência”, já que este trabalho “provoca terrível desgaste e é preciso haver uma certa poupança”, explicou o responsável pelo comando da proteção civil regional, garantindo que foram distribuídos equipamentos de proteção individual por todos os profissionais.

O dirigente adiantou ainda que, nestes postos de controlo, foram detetadas “três pessoas que deviam estar em quarentena e que andavam a passear”, assunto que foi remetido ao Ministério Público.

Questionados sobre a possibilidade de montar um hospital de campanha na região, a secretária regional da Saúde, Teresa Luciano, garantiu que “foi feito prontamente um pedido às Forças Armadas de um hospital de campanha, já com equipa, para prontamente responder aos Açores em caso de necessidade”.

Esta resposta será acionada caso haja necessidade, esclareceu Carlos Neves, adiantando que esse material demoraria “cerca de três dias a chegar à região e outros tantos a ser montado” e que “os Açores, provavelmente, não precisarão de um hospital de campanha completo, mas de dois ou três módulos”.

Em relação às evacuações aéreas, Teresa Luciano garantiu que “estão a funcionar em pleno”, em articulação com a proteção civil, sendo que continua a haver apenas uma tripulação por cada aeronave.

A governante mencionou ainda que “foi reforçada a formação da tripulação em proteção individual e cuidados a ter com doentes”.


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