Autor: Rafael Dutra
A ação em tribunal colocada pela Navaltagus, empresa que
integra o consórcio que venceu o concurso para a construção dos dois
navios elétricos, com fundos do Plano de Recuperação (PRR), e que
recusou assinar contrato, não irá colocar em causa o lançamento de novo
concurso, por parte da Atlânticoline, para avançar com a adjudicação
destas embarcações, indicou fonte da empresa ao Açoriano Oriental.
De acordo com esta mesma fonte, a prioridade da Atlânticoline, neste momento, é a de lançar um novo concurso para a construção destas embarcações, que deverá ser lançado “o quanto antes”.
Questionada sobre o processo em tribunal, fonte da empresa pública açoriana afirma que qualquer situação deste tipo deve ser “encarada com a maior seriedade e resolvida da melhor maneira”.
“Quando declarámos a caducidade do ato de adjudicação a este consórcio, estávamos convictos de que estávamos a fazê-lo em conformidade total com a legislação aplicável. Trabalhámos com a tutela, com o gabinete jurídico também. Portanto, munimo-nos de todas as ferramentas judiciais que conseguimos para ter a certeza que dávamos passos seguros, quanto a isso estamos descansados“, sustenta a fonte.
Recorde-se que a presidente do Conselho de Administração da Atlânticoline, Isabel Dutra, em entrevista ao Açoriano Oriental, revelou que o consórcio vencedor do concurso para a construção dos dois navios elétricos, com fundos do PRR, Transinsular e Navaltago, depois da adjudicação “solicitou alterações no prazo de entrega e nas características técnicas dos navios, alterações essas que contrariavam o caderno de encargos”, razões que levaram à empresa pública açoriana a não aceitar essas alterações.