Açoriano Oriental
Problemas da PSP nos Açores serão resolvidos dentro de cinco anos
A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, assumiu hoje o compromisso de nos próximos cinco anos resolver grande parte das carências de meios humanos e de instalações da PSP nos Açores
Problemas da PSP nos Açores serão resolvidos dentro de cinco anos

Autor: LUSA/AO online

"Infelizmente não temos condições hoje no país, nem é materialmente possível, resolver estes problemas de um dia para o outro", afirmou Constança Urbano de Sousa, na Horta, ilha do Faial, na cerimónia comemorativa do 18.º aniversário do Comando Regional da PSP.

A ministra da Administração Interna disse estar convicta de que, com a Lei de Programação de Infraestruturas e Equipamentos para as Forças e Serviços de Segurança, nos próximos cinco anos poderão resolver-se “não todos, mas uma grande parte dos problemas identificados” em matéria de instalações.

Sobre um eventual reforço de efetivos da PSP na região, Constança Urbano de Sousa garantiu que, "naturalmente, os Açores serão contemplados" com a saída de novos elementos da escola de agentes da PSP.

"Não posso assumir aqui um número concreto, porque tem de ser feita uma avaliação das necessidades noutros comandos, no entanto, posso assegurar que os Açores serão contemplados com um número que, pode não colmatar todas as necessidades, mas irá reforçar, seguramente, o efetivo dos Açores", referiu a governante.

As explicações da ministra da Administração Interna surgiram em resposta às denúncias feitas, durante a cerimónia, pelo comandante da PSP nos Açores, José Correia.

"Refiro-me mais concretamente à urgente necessidade de reinstalar a esquadra da Ribeira Grande [ilha de São Miguel], que funciona há demasiado tempo em instalações precárias, cedidas no quartel de bombeiros daquela cidade, que não são nem adequadas nem funcionais para prestar um serviço de polícia de qualidade", argumentou José Correia.

O responsável pela PSP no arquipélago referiu-se também à falta de instalações no Corvo, a ilha mais pequena dos Açores, e à necessidade de se equacionar uma solução para as exíguas instalações desta força policial em Ponta Delgada, a maior cidade do arquipélago.

"Relativamente aos meios humanos, que são escassos, seria conveniente que o seu reforço fosse equacionado, quer ao nível dos agentes, quer ao nível do pessoal para o enquadramento intermédio e comando, chefes e oficiais, sob pena de não podermos garantir os períodos de descanso a que o efetivo policial tem direito, e um serviço de atendimento permanente que justamente nos é exigido pela comunidade que servimos", salientou o comandante regional da PSP.

Também o secretário regional Adjunto da Presidência para os Assuntos Parlamentares, Berto Messias, apontou a "carência de meios" da PSP no arquipélago, sublinhando que a resolução do problema é uma competência do Governo da República.

"É inquestionável que ainda existem carências de meios, sobretudo ao nível dos efetivos e ao nível infraestrutural, como aliás já foi aqui e muito bem referido, e, portanto, contamos também com o Governo da República como um elemento ativo, de dotação de mais e melhores meios para as forças de segurança na nossa região", declarou Berto Messias.

 

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