Açoriano Oriental
Primeiro-ministro israelita diz não estar interessado no que diz a ONU sobre colonatos judaicos
O primeiro-ministro israelita afirmou na sexta-feira não estar interessado no que a ONU diz sobre a construção de colonatos judaicos, em reação às críticas que se seguiram ao anúncio de mais edificações na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
Primeiro-ministro israelita diz não estar interessado no que diz a ONU sobre colonatos judaicos

Autor: Lusa

Numa entrevista de televisão transmitida pela TV israelita Canal 2 na sexta-feira à noite, Benjamin Netanyahu considerou que Israel tem o direito de construir em Jerusalém e que a construção é uma questão de princípio.

"Vivemos num Estado judeu e Jerusalém é a capital de Israel. O Muro das Lamentações não é território ocupado. Construímos em Jerusalém, porque é nosso direito. O que quer que diga a ONU (Organização das Nações Unidas) não me interessa", disse o chefe do governo israelita.

Após o reconhecimento da Palestina como um Estado membro observador da ONU, a 29 de novembro, Israel anunciou ter planos para construir 3.000 novas unidades habitacionais em colonatos judaicos e avançar com o polémico projeto de construção na E-1, que ligaria o grande colonato de Maale Adumim com Jerusalém e minaria a contiguidade territorial do Estado palestiniano.

Esta semana, o Conselho de Segurança da ONU condenou Israel pelos seus recentes anúncios de construção em colonatos e, em particular, as suas intenções de avançar com o projeto E-1.

Esta crítica seguiu-se a uma dura reação de Washington a Israel, um dos seus principais aliados no Médio Oriente, que acusou de perseguir um "padrão de ação provocatória" na sua insistência de continuar com os colonatos.

Questionado sobre se os recentes anúncios são uma tática eleitoral antes das eleições, previstas para 22 de janeiro, Netanyahu retorquiu que é uma questão de política de governo.

Os palestinianos reclamam Jerusalém Oriental como capital da Palestina e afirmam que as políticas expansionistas de Israel com colonatos em Jerusalém Oriental impedem a viabilidade de um Estado com contiguidade territorial.

A presidência palestiniana condenou esta semana as últimas ações de Israel, que "desafia a comunidade internacional e subestima os sentimentos dos palestinianos e árabes em geral".

"Esta ação irá isolar Israel, agora que o mundo inteiro rejeita a ocupação e reconhece o Estado palestiniano com as fronteiras de 1967", disse o seu porta-voz, Nabil Abu Rudeina.

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