Açoriano Oriental
Presidente do PS/Açores elogia "magistral exercício da política"

O líder do PS/Açores e antigo presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, elogiou o “sentido do interesse público” e “o magistral exercício da política” de Jorge Sampaio, falecido hoje aos 81 anos, considerando-o um “amigo das autonomias” regionais.


Autor: Lusa/AO online


“É uma perda imensa para Portugal. Pelo seu percurso, por uma vida de serviço às causas da Democracia, Liberdade e Cidadania, o desaparecimento de Jorge Sampaio deixa o país mais pobre em exemplos e testemunhos de magistral exercício da política”, afirmou Vasco Cordeiro, citado num comunicado do PS/Açores a propósito da morte do antigo Presidente da República.

Para o ex-presidente do Governo Regional açoriano, Sampaio “foi um dos exemplos de que a política, com combatividade e com compromissos, é também feita com princípios, com valores e com respeito”

“Deixou-nos um camarada e amigo generoso, um homem que serviu o país com grande sentido do interesse público”, assinalou.

Para Vasco Cordeiro, “não deve ser esquecido” o contributo do antigo Presidente da República “para a revisão da Constituição Portuguesa em 2004, que permitiu reforçar os poderes dos parlamentos das Regiões Autónomas”.

“Foi um amigo das autonomias”, sublinhou o socialista.

No comunicado, o PS dos Açores “presta uma sentida homenagem ao camarada Jorge Sampaio, pela sua dedicação e apego aos valores socialistas, endereçando à sua família e aos seus mais próximos, bem como a todos quantos tiveram a oportunidade de privar com ele, na vida pessoal ou profissional, sentidas condolências”.

O antigo Presidente da República Jorge Sampaio morreu hoje aos 81 anos, no hospital de Santa Cruz, em Lisboa.

Antes do 25 de Abril de 1974, foi um dos protagonistas da crise académica do princípio dos anos 60, que gerou um longo e generalizado movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, tendo, como advogado, defendido presos políticos durante a ditadura.

Jorge Sampaio foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).

Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.

Atualmente presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens sem acesso à educação.


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