Autor: Lusa/AO online
Sampaio e Barroso estiveram também em lados opostos sobre a cimeira na base das Lajes, nos Açores, que juntou o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e os primeiros-ministros do Reino Unido, Tony Blair, e de Espanha, José Maria Aznar, três dias antes da invasão do país de Saddam Hussein.
Passados 13 anos, em 07 de maio de 2016, o antigo primeiro-ministro afirmou, numa entrevista à SIC e ao Expresso, que Sampaio concordara com a cimeira.
Através dos jornais, Jorge Sampaio respondeu e desmentiu Durão Barroso, afirmando que não cabia ao Presidente “autorizar ou deixar de autorizar atos de política externa”.
Ao Público e ao Diário de Notícias, Sampaio reiterou, nessa altura, que tinha uma visão divergente da de Barroso relativamente à questão do Iraque e que concordou com a cimeira por lhe ter sido transmitido que era uma cimeira para a paz.
E recordou ter sido contactado dois dias antes da cimeira, numa reunião de urgência, e que o argumento de Durão Barroso era “de que se tratava da derradeira tentativa para a paz e para evitar a guerra no Iraque”. Por isso, Jorge Sampaio concordou.
Foi também isso que Durão Barroso disse numa declaração ao país a 15 de março de 2003.
“A cimeira dos Açores não resultará em nenhuma declaração de guerra, isso posso garantir”, afirmou.
Três dias depois da cimeira dos Açores, começou a invasão do Iraque, numa ação liderada pelos Estados Unidos e Reino Unido, sem o aval das Nações Unidas, opção que Sampaio criticou, enquanto defensor do multilateralismo e do papel da ONU.
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