“O senhor Presidente da República passou a noite muito bem, agora de manhã conversou connosco, está bem-disposto, está a evoluir favoravelmente, de resto como era expectável, e podemos dizer que está a decorrer um pós-operatório de uma forma tranquila, adequada”, informou a presidente da Unidade de Saúde Local São João (ULSSJ).
Numa conferência de imprensa para fazer um ponto de situação, Maria João Baptista, disse que Marcelo Rebelo de Sousa terá agora de se alimentar e levantar-se, para a equipa médica perceber como está e, estando tudo bem, fará apenas análises e é expectável que possa ter alta na quarta-feira.
“É expectável que fique cá hoje e acreditamos que possa ter alta a curto prazo. Hoje ficará cá. Se tudo como tem estado a correr e estiver tudo bem, acreditamos que poderá ter alta amanhã [quarta-feira]. O senhor Presidente da República está perfeitamente tranquilo”, acrescentou.
Maria João Baptista descreveu que hoje, “primeiro dia de pós-operatório”, em causa está uma “fase importante”.
“O senhor Presidente tem de alimentar-se, levantar-se e perceberemos como está”, resumiu, acrescentando que Marcelo Rebelo de Sousa fará os exames que sejam necessários, nomeadamente análises habituais, não havendo, disse, “em princípio, estando tudo bem, grandes exames a serem efetuados”.
Quanto a visitas, a presidente da ULSSJ referiu que o chefe de Estado recebeu a visita da equipa clínica e das pessoas da Casa Civil e que poderá receber visitas de tarde.
“Esperamos, que estando tudo bem, que hoje à tarde o senhor Presidente possa ter visitas”, referiu, apontando desconhecer se está já prevista alguma visita em concreto.
Quanto à recuperação, Maria João Baptista referiu que o habitual neste tipo de cirurgia é que haja um período de repouso de duas semanas, três a quatro semanas”.
“É variável, de acordo com aquilo que são as características da pessoa. Esse repouso pode ser mais intenso ou menos intenso, ou seja, mais rigoroso ou menos rigoroso, de acordo com aquilo que for a evolução clínica”, concluiu.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi admitido na segunda-feira à noite no Hospital de São João, no Porto, depois de se ter sentido indisposto, na sequência de uma paragem de digestão, indicou a Presidência da República.
Na página oficial na Internet, a Presidência da República explicou que o chefe de Estado sentiu-se indisposto "quando regressava de Amarante, das exéquias do Engenheiro António Mota", em Amarante.
Na declaração à imprensa, cerca das 22:00 de segunda-feira, Maria João Baptista explicou que a decisão de se proceder a uma cirurgia decorreu ainda do facto de Marcelo Rebelo de Sousa "já ter sido submetido a uma cirurgia prévia por uma hérnia semelhante a este quadro que tem neste momento".
De acordo com a representante, uma hérnia "corresponde a uma área da parede abdominal que é mais frágil e que permite que uma parte do intestino passe através dos tecidos", comprometendo "a capacidade de irrigar os tecidos".
Marcelo Rebelo de Sousa, 76 anos, presidiu durante a manhã de segunda-feira, na Praça dos Restauradores, em Lisboa, às comemorações de homenagem aos Heróis da Restauração e da Guerra da Aclamação, que celebra o restabelecimento da independência nacional em 1640, e seguiu depois para as cerimónias fúnebres do antigo presidente da Mota-Engil, António Mota.
