Autor: Lusa/AO Online
José Soares dos Santos falava na apresentação do programa da participação de Portugal na Expo 2025 Osaka, no Oceanário de Lisboa.
O presidente da fundação salientou que não deixa de ser interessante que "30 anos depois da candidatura de Portugal à Expo 98, que foi em [19]92", tendo a Parque Expo sido constituída um ano depois, que haja agora "uma exposição mundial com o tema dos oceanos".
"Não nos podemos esquecer que Portugal foi pioneiro na ideia de que os oceanos são fundamentais para a humanidade e que os oceanos são absolutamente críticos à vivência do planeta enquanto um só ecossistema", prosseguiu José Soares dos Santos.
Mas "não posso deixar de referir também a lentidão do que se passou nos últimos 30 anos na matéria de proteção de oceanos, na promoção de oceanos e na consciência da importância" destes não só para as comunidades costeiras, "mas para o planeta como um todo", salientou.
"Também não posso deixar de me alegrar nos passos que têm sido feitos nestes últimos três/quatro/cinco anos que Portugal teve esta coragem de assumir o seu papel de liderança na proteção dos oceanos", apontou, destacando o trabalho desenvolvido pela Fundação Oceano Azul com o Estado português, com as câmaras municipais, os governos regionais e universidades, entre outros.
O responsável salientou ainda que é possível afirmar "Portugal ser hoje líder europeu na atribuição da importância não só natural dos oceanos, mas também da importância económica e do seu papel social" nas comunidades e no "futuro da Europa".
O presidente da fundação congratulou o Estado português e o Governo de Portugal do que têm feito "em prol da liderança de Portugal nesta matéria".
E aproveitou para fazer um pedido: "Temos de ser mais rápidos, não podemos ter nem tanto medo, nem acomodar tantas opiniões, temos de perceber" qual o "trabalho que produz frutos a médio e longo prazo" e "não podemos perder muito mais tempo a implementar".
"Todas as decisões que tomarmos nos próximos 12 a 18 meses terão impacto em seis ou sete anos" e para isso "é necessário coragem política, o que me parece que não falta a Portugal" porque o tema dos oceanos "tem sido transversal" aos vários governos, defendeu.
Portugal é um dos 161 países presentes na Expo dedicada ao tema "Desenhar as Sociedades do Futuro para as Nossas Vidas".
A participação portuguesa na exposição tem como tema "Oceano: Diálogo Azul" e conta com o envolvimento de mais de 150 empresas, associações, autarquias e artistas nacionais.
A Expo 2025 Osaka decorre de 13 de abril a 13 de outubro, no Japão.