Autor: Lusa/AO Online
Durante uma ação de contacto com a população na freguesia de São Roque, em Ponta Delgada, no âmbito da campanha para as legislativas regionais, agendadas para domingo, Gonçalo da Câmara Pereira afirmou que o PS, chefiado por Vasco Cordeiro, mostra “sinais de senilidade” e “já não tem nada para dar” aos açorianos.
“E os únicos candidatos que podem tratar da saúde e da senilidade que o Partido Socialista demonstra são os quatro candidatos médicos que temos nas nossas listas”, afirmou o presidente do Partido Popular Monárquico, acompanhado pelo cabeça de lista pelo círculo da ilha de São Miguel, Paulo Margato.
Segundo Gonçalo da Câmara Pereira, o PPM apresenta-se neste ato eleitoral como “a grande alternativa para derrubar a maioria absoluta do PS”, que governa a região há 24 anos, afirmando que o partido, “com certeza”, vai eleger “três a quatro deputados” no domingo, designadamente pelo Corvo, São Miguel, Santa Maria e Flores.
Atualmente, o PPM ocupa apenas um dos 57 lugares da Assembleia Legislativa Regional. O líder regional do partido, Paulo Estêvão, foi eleito em 2016 pelo círculo do Corvo e este ano concorre pelo mesmo círculo, mas em coligação com o CDS.
Instado a comentar as declarações do líder do PS/Açores e presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, que hoje afirmou que o PPM “está em desespero”, mas que “não é caso para um desespero delirante”, Paulo Margato garantiu que o seu partido “não está nervoso”.
“O doutor Vasco Cordeiro é que, com certeza, deve estar nervoso e o povo açoriano também está nervoso, mas porque quer ver o PS pelas costas”, afirmou o cabeça de lista por São Miguel, manifestando-se convicto de que o partido vai conseguir formar um grupo parlamentar, para o qual precisa de, pelo menos, dois deputados.
Ao todo, são 13 as forças políticas que se candidatam aos 57 lugares da Assembleia Legislativa Regional: PS, PSD, CDS-PP, BE, CDU, PPM, Iniciativa Liberal, Livre, PAN, Chega, Aliança, MPT e PCTP/MRPP.
Nas anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu com 46,4% dos votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra 30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, com 19 mandatos, e 7,1% do CDS-PP (quatro mandatos).
O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos expressos, também um.
Estão inscritos para votar 228.999 eleitores.